Malan pergunta: Serra, quem é você ?
Pedro Malan é o único tucano que escreve bem.
Hoje, no Estadão, Malan publica o artigo “Confiança e credibilidade”, na página dois, frequentemente poluída pelo texto “bloated” (gorduroso) do Fernando Henrique.
(Os textos do Serra, então, têm a elegância de um tijolo.)
Malan, que lê Bacon e Confúcio, está preocupado com uma campanha eleitoral em que candidatos simulem e dissimulem.
E se pergunta por “… claras definições, não genéricas (êpa, aí tem um recado: “genérico” ? – PHA), sobre a natureza dos desafios a enfrentar e as prioridades da hora e para o próximo quadriênio – de maneira que possam ser percebidas pelo leitor como algo que lhe diga respeito, que para ele faça sentido, que o ajude a avaliar e refletir sobre sua circunstância, sua comunidade, seu país, seu mundo e seu futuro.”
Bom, a Dilma a gente sabe o que ela fez e o que quer fazer: o PAC, o PAC II e ampliar a obra do Lula.
E o Serra ?
O que quer o Serra ?
O que pensa o Serra ?
Como se sabe, enquanto foi o Planejador Geral do Governo do Farol de Alexandria – não deixe de votar na trepidante enquete -
a principal atividade “planejadora” do Serra foi combater o Malan para lhe tomar o lugar.
Serra foi o maior adversário do Plano Real e dizia aos colonistas (*) que o chamam de Serra que o Real se tratava de “populismo cambial”.
A admiração de Malan por Serra só excede a do Aécio.
Elegante, como sempre, Malan, hoje, nos oferece, na sequência da festa da Ana Hickman em Brasília, essa meditação singular: o que pensa esse (o Serra) rapaz ?
Clique aqui para ler “Discurso de Serra é o fim do paulistismo na política brasileira”.
Paulo Henrique Amorim
(*)Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista