Polícia do Rio não deixa paraquedas de Serra abrir
A manchete do Globo do domingo entregou o prato feito ao Serra:
“Cerco a traficante acaba com tiros e reféns em hotel de luxo – sessenta bandidos enfrentam PMS e levam pânico a São Conrado”.
Em nenhum ponto da primeira página o Globo resume o que, de fato, aconteceu.
Uma viatura da PM do Rio interceptou um “ônibus” que vinha do Vidigal em direção à Rocinha.
Com a resistência, houve troca de tiros.
Os narcotraficantes desceram em direção ao bairro nobre de São Conrado, onde ficam a Rocinha e o Hotel Intercontinental, o “de luxo”.
O que houve, então ?
A Polícia do Rio deu um show de eficiência.
Prendeu todos os criminosos.
Libertou os reféns do Hotel.
Matou uma traficante.
E nenhum policial saiu ferido.
E por que houve tudo isso ?
Porque a polícia do Rio resolveu retomar o controle das favelas do tráfico.
Na Rocinha já houve intervenção governamental, com uma passarela do Niemeyer – clique aqui para ver no Conversa Afiada.
E investimentos em reurbanização.
Breve ali será instalada uma UPP.
Quando a política de instalação de UPPs se aproxima dos morros das áreas nobres da cidade, confrontos como esse passam a ocorrer.
Até que os morros sejam controlados pelo Estado, através da Polícia.
É uma estratégia copiada da Colômbia, a mais eficaz para combater o tráfico.
O que fez a Globo ?
Omitiu o sucesso da operação policial, porque a Globo é ideologicamente contra a ação pacificadora da policia nos morros.
O Globo e a Globo são eternas viúvas do Carlos Lacerda, o pai das remoções: jogar a favela no Fim do Mundo.
Alem disso, o Rio e a cidade do Rio são governados por políticos da base de apoio ao Lula e à Dilma.
O candidato que defendia uma neo-Soweto para as favelas - “quem está fora não entra, quem está dentro não sai” - o ex-Gabeira, dividido entre Marina e Serra, partiu-se ao meio e não passa dos 20%.
O jenio rapidamente aproveitou-se do “caos da Globo” e atacou a segurança do Rio para defender um Ministério da Segurança.
Em São Paulo, como se sabe, ninguém consome cocaína.
Em São Paulo não há tráfico.
O narcotraficante Abadia considerou a delegacia de combate ao tráfico de São Paulo a mais eficiente do mundo.
Em São Paulo, o PCC é uma entidade recreativa de ex-presidiários, que distribui tômbolas no natal.
A Cracolândia, como diz o nome, é um centro de treinamento de jovens esportistas.
O jenio tenta se apoiar em qualquer coisa.
Se joga com qualquer paraquedas.
Esse, por acaso, não abriu.
Paulo Henrique Amorim