Copa: não vai faltar bola. Só vai faltar a seleção do Galvão
Entre as medidas de Saúde Pública que este ansioso blogueiro recomenda – além de fazer como o Robert(o) Civita e jogar a Veja no lixo – inclui-se não ler a Urubóloga, que defende o interesse nacional do outro, e não acreditar que vá faltar apito para a Copa.
O PiG (*), como se sabe, difunde a informação de que não vai haver estádio, aeroporto, bola de futebol, bandeirinha de corner – nem apito.
Em duvida, amigo navegante, vá ao site oficial da Copa, que acabou de entrar no ar, e acompanhe o andamento das obras.
Está tudo lá.
(Só não trata da seleção do Galvão, porque esse é um assunto privativo do Ricardo Teixeira e do Galvão.)
Veja que beleza (“O Brasil é lindo e competente”) :
- O Brasil começou a gastar (a Copa é em 2014 e, não, no Natal) R$ 5,7 bilhões em estádios;
- R$ 5,6 bilhões em aeroportos;
- R$ 11,6 bilhões em “mobilidade urbana” – trem, metrô etc;
- R$ 2 bilhões em hotéis;
- R$ 4 bilhões em Telecom;
- R$ 5 bilhões em segurança.
Serão quase R$ 35 bilhões.
Como nas Olimpíadas de Londres, a maior parte dos gastos vai para infra-estrutura urbana.
O Fielzão exigirá, por exemplo, R$ 6 bilhões em infra.
Uma linha 17 do metrô, um monotrilho de 17,6 km de extensão, com 18 estações que ligarão o aeroporto de Congonhas à malha de metrô e trens da cidade.
O Maracanã vai ficar pronto em dezembro de 2012.
E o encerramento da Copa, no Rio, levará R$ em investimentos em hotéis.
Que horror !
Só falta o Galvão dar um jeito nessa seleção.
Em tempo: saiu no Blog do Planalto:
Copa do Mundo 2014 é um momento de afirmação do Brasil
Ao anunciar R$ 3,16 bilhões do PAC Mobilidade Grandes Cidades para a região metropolitana de Belo Horizonte (MG) nesta sexta-feira (16/9), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que investir em infraestrutura é uma maneira de dizer ‘não’ à crise internacional e um ‘sonoro sim’ ao crescimento e à melhoria de vida da população. Os recursos do PAC 2 serão utilizados na revitalização do metrô da cidade, na implantação de terminais metropolitanos em sete municípios da região e na complementação do Complexo da Lagoinha, obras que, segundo a Presidenta, representarão um dos legados que a Copa do Mundo 2014 deixará à população de Minas Gerais e de todo o país.
“Quero concentrar essa cerimônia para que Belo Horizonte e Minas Gerais tenham de fato não só um legado da Copa, mas tenham de fato uma infraestrutura de transporte à altura da importância do estado de Minas Gerais.”
A Presidenta fez menção ao início da contagem regressiva para a Copa do Mundo 2014 – já que a partir desta sexta-feira faltam mil dias para o início do Mundial –, e disse que as obras na capital mineira nascem sob bons auspícios do rei Pelé, embaixador honorário da Copa, “um especialista em mil” – ao longo de sua carreira profissional, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, fez 1.283 gols.
(...)
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.