Privataria: Zé Cardozo e brindeiro Gurgel. Por onde começar
Vamos supor que o Zé – clique aqui para saber como os amigos de Dantas tratam o Ministro da Justiça: com apreço inexcedível – Cardozo e o brindeiro Gurgel resolvam fazer o serviço para o qual a sociedade lhes paga.
É simples.
Chama o deputado José Mentor para uma conversinha.
Foi ele, nobre representante do PT de São Paulo, quem enterrou a CPI do Banestado.
O livro do Amaury só se tornou a bomba atômica que é porque o Ricardo Sergio de Oliveira – “se isso der m...” - resolveu processá-lo.
O Amaury obteve a “exceção da verdade” – o direito que o Juiz concede a um réu de provar a verdade e se livrar da acusação de caluniador.
E, para provar a verdade, teve acesso ao inquérito do Banestado, a maior lavanderia do mundo.
Assim como a privatização do Fernando Henrique foi a maior roubalheira de todas as privatizações da América Latina.
O José Mentor desmanchou a CPI do Banestado, porque o PT naquela época tinha caído no conto da “transição civilizada”.
“Transição civilizada” foi o 177 que o Farol de Alexandria aplicou no Nunca Dantes.
Mais ou menos assim.
Fazemos aqui uma transição de sorrisos e aperto de mão.
Eu amanso a elite para você.
E você esquece tudo o que eu fiz.
E o PT paloccista caiu no golpe.
O PiG (*) e o Farol de Alexandria sentaram a lenha no Nunca Dantes e o passado do Farol restou imaculado.
Assim, o José Mentor abafou o passado encravado no Banestado.
Do Banestado não se salva nem a Madre Superiora do Tucanato.
Cerra, Dantas, Ricardo Sergio, Preciado, filha e genro do Cerra, Daniel Dantas, Naji Nahas, toda a família do Dantas e seus assemelhados.
Está tudo lá.
Basta o José Mentor tirar a Beacon Hill lá de dentro.
Beacon Hill é a “empresa” que processava a lavagem tucana.
A Beacon Hill é a Petrobrax dos tucanos.
Exploração, refino e distribuição de dólar.
Não precisa nem da Satiagraha I ou II.
Deixa ela de presente, encadernada em ouro, em duas cópias, para o Gilmar Dantas (**) e o Dr Macabu, símbolos daquela vertente do Judiciário que fez a gloria da Ministra Calmon.
Como diz o Mino Carta, se o Brasil fosse sério o Dantas já estava na cadeia só com a Operação Chacal.
Mas, como se sabe, a notável desembargadora Cecília Melo achou por bem preservar Chacal na Primeira Instância da Justiça paulista, devidamente embrulhada em formol.
Não precisa nem da Chacal, Mino.
O Zé Cardozo e o brindeiro Gurgel poderiam começar a botar sebo nas canelas com uma conversinha com o José Mentor.
É um cavalheiro de fala educada, suave.
E sabe coisas do arco da velha.
Sabe até que tenho conta em dois bancos em Nova York.
Ele e os amigos de La Bergamo.
Ele, os amigos de La Bergamo, a Receita Federal e o Banco Central.
(Duas contas e dois apartamentos, na rua 87, entre a Madison e Quinta avenida, a um quarteirão do Guggenheim.
Sorry, Heráclito.
E o Daniel Dantas ainda acha que vai me calar pelo bolso. Clique aqui para ler sobre as “41 ações que movem contra mim e conhecer a “Galeria de Honra Daniel Dantas”.)
Está na hora de o Zé e o brindeiro tratarem de merecer o salário.
Do contrário, um oficial de Justiça pode presenteá-los com uma ação por “prevaricação”.
O brindeiro Gurgel ainda fala grosso com a Bolívia e fininho com os Estados Unidos.
O Zé, nem isso.
Viva o Brasil !
Em tempo: assim como não se deve falar em “anão do Orçamento” perto do Sérgio Guerra, não se recomenda falar em “exceção da verdade” perto do Cerra. Ele pode começar a se estrebuchar. O Flavio Bierrembach conseguiu do Juiz Walter Maierovitch a “exceção da verdade” para provar que o Cerra tinha enriquecido no Governo. O Cerra ficou tão entusiasmado com a ideia que trocou a acusação ao Bierrembach. E, depois, mandou o processo para aquele mesmo lugar em que a Desembargadora preservou a Chacal, em formol.
Em tempo 2: amigo navegante telefona para contar que na Livraria Saraiva, no shopping Higienópolis, na Cidade de SP, o livro do Amaury não fica à mostra. O freguês tem que perguntar à mocinha se ela tem. Ela sobe uma escada e uma meia hora depois chega com um exemplar. Interessante, não, amigo navegante ?
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.