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Nahas: é preciso denunciar à OEA, diz Comparato

O Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail do professor Fábio Comparato.
publicado 24/01/2012
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O Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail do professor Fábio Comparato:

Caro Paulo Henrique:


A expulsão violenta de 1.500 famílias da área rural que ocupavam há 8 anos em Pinheirinho (SP) deveria ser denunciada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. É vergonhoso, para dizer o mínimo, que os direitos fundamentais à moradia e ao trabalho de tantas pessoas, declarados expressamente na Constituição Federal, sejam preteridos, por aberrante decisão judicial, em prol da satisfação dos interesses pecuniários de credores de uma massa falida.


Receba meu abraço,



O Conversa Afiada reproduz informações enviadas pela assessoria do deputado Protógenes Queiroz:

Em Pinheirinho (SP), presenciei atos de barbárie e violência comparados aos campos de concentração Nazista


O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) esteve, neste domingo (22), em São José dos Campos (SP) para avaliar a situação dos moradores do Pinheirinho, despejadas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para pagar dívidas do criminoso Naji Nahas, preso por Protógenes em 2008. O terreno do Pinheirinho foi ocupado há 8 anos onde viviam aproximadamente 1.600 famílias (cerca de 5.500 pessoas), segundo o censo da Prefeitura.


A desocupação foi antecedida de uma batalha judicial e conflitos dentro do próprio judiciário. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, negou liminar que pedia a validação da decisão da Justiça Federal, que impedia a desocupação da área. Com isso, o presidente do tribunal validou a desocupação, que ocorreu na manhã de domingo em meio a confronto entre policiais militares e moradores do local.


Segundo Protógenes, o “conflito judicial parece esconder algo de muito podre na disputa da área”. O parlamentar afirmou que “a desocupação violou princípios constitucionais: desde as garantias individuais e coletivas até o mais sublime dos princípios da função social da propriedade, posto que envolve a massa falida do criminoso Naji Nahas”... “Presenciei atos de barbárie e violência comparados aos campos de concentração Nazistas”, concluiu.


Protógenes destacou ainda a inconveniência da ação truculenta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , já que o Governo Federal estava negociando uma saída pacífica para o conflito. O parlamentar disse também que qualquer desocupação deve acontecer no início da invasão, e não depois dela se tornar um bairro com milhares de famílias, comércio local estabilizado e igrejas.


Na pág. C1 do Estadão, o amigo navegante poderá ter uma visão do inferno dos campos de concentração tucanos de São Paulo.

Vale lembrar, amigo navegante, a deplorável “reportagem” do Ali Kamel no jornal nacional desta segunda-feira.  

Os desocupados se transformaram num bando de vândalos e em nenhum momento mencionou que a operação foi desencadeada para beneficiar Naji Nahas.

Além de a opinião do governador de São Paulo apareccer DUAS vêzes, no fim da “reportagem”, como a que lhe dar o apoio necessário para montar o “campo”.

Por que não dizer que Naji Nahas é o herói da história que enobrece São Paulo ?

Por que Ali Kamel omitiu Naji Nahas ?


Paulo Henrique Amorim