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Graça, a Presidente. Por que ela se orgulha de ser da Petrobrás

Graça Foster prefere ser chamada de Presidente. Com "e" no fim. Com "a", só tem uma
publicado 12/06/2012
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Graça Foster tem 34 anos de Petrobrás.


Engenheira química, com pós-graduação em engenharia nuclear e especialização em economia.

No programa “Entrevista Record Atualidade” - clique aqui para assistir ao vídeo da entrevista - , que vai ao ar nesta segunda feira às 22h15, na Record News, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, ela deixa conhecer as características que a tornaram tão respeitada: a técnica, minuciosa, que sabe tudo, que acompanha, pessoalmente, 480 projetos que representam 80% dos investimentos da empresa; e o lema “o consumidor em primeiro lugar”.

Sobre isso, ela fala com entusiasmo da ascensão da Classe C – de consumidores que terão um, depois dois carros – e são consumidores do produto que oferece ao mercado.

Graça Foster lembra a Presidenta que a designou.

E, nessa entrevista, ela revela de que trata a Presidenta Dilma, quando liga – muito – para a Presidente da Petrobrás: quer saber sobre o fornecimento de energia, a garantia de abastecimento, a macro-política energética.

Foster discute a responsabilidade da Petrobrás como a maior  compradora da indústria nacional de equipamentos.

Não, ela não aceita que a Petrobrás esteja “puxando a corda” da indústria nacional.

Afinal, para atingir a meta de produzir 6 milhões de barris/dia em 2020, ela vai investir US$ 225 bilhões até 2015 !

E a indústria nacional – e internacional – tem que correr atrás.

Graça Foster foi pessoalmente assistir ao lançamento ao mar do petroleiro “João Cândido” – “espetacular !” - produzido, com atraso, na Atlântico Sul, em Suape, Pernambuco.

Ela acredita que foram tomadas as providências para que não haja mais atrasos.

Foster fala com entusiasmo da política que ela própria ajudou a montar quando trabalhou com a Ministra das Minas, Dilma Rousseff, no Promimp, o Programa de Mobilização da Indústria de Produção de Petróleo e Gás, que exige uma participação mínima de 60% de “nacionalização” no que a Petrobrás compra.

Ela fala também do Cenpes, o Centro de Pesquisas da Petrobrás, onde ela trabalhou, e nos centros de excelência que o Cenpes monta em universidades públicas brasileiras para formar profissionais para o mercado de petróleo – e não só para a Petrobrás.

O que Hillary Clinton conversou recentemente com ela ?

Hillary quer que empresas americanas participem da exploração do pré-sal.

(Clique aqui para ler artigo de saiu no New York Times - http://www.nytimes.com/2012/04/11/business/energy-environment/women-take-the-reins-of-power-as-brazils-energy-industry-expands.html?ref=businessspecial2 – com a opinião de um dos maiores especialistas em energia no mundo, o americano Daniel Yergin:


“O programa – os US$ 225 bilhões – da Petrobrás é crítico para o Brasil e para o mercado mundial.  Ela (Foster) consegue ter uma visão ampla dos problemas e, ao mesmo, presta muita atenção aos detalhes. Ela rapidamente se tornará uma das pessoas mais importantes no mundo da indústria do petróleo e uma das mulheres mais influentes no mundo dos negócios em geral.”

Em artigo recente, também no NY Times, Yergin mostrou que a tecnologia permitiu que a dependência americana ao petróleo do Oriente Médio diminuísse muito.


E que o Brasil poderá ser tornar um fornecedor vital para o mercado americano.)


Graça Foster elogiou a Chevron.

Disse que, a depender do marco regulatório, poderia, sim, investir na YPF argentina.

Porque ela compreende que a América do Sul tem a responsabilidade de integrar-se energeticamente.

Da Venezuela à Argentina.

Que a Petrobrás está preparada para fazer parcerias na pesquisa com Eike Batista.

Mas, na hora dos leilões por novas áreas, aí, não tem conversa …

E o preço da gasolina.

Por enquanto … por enquanto, dá para manter os investimentos previstos com o preço onde está.

E por que as ações da Petrobrás não são mais caras ?

Boa pergunta.

Ela enumera todos os atributos da empresa que preside, a começar pelo enorme patrimônio em forma de jazidas no pré-sal.

Para confirmar tudo o que disse, duas notícias recentes:

Petrobras bate recorde de produção em suas refinarias no Brasil – 11/VI/2012

A Petrobras alcançou, no dia 7 de junho, recorde de produção em suas refinarias no Brasil, o que contribui para reduzir as importações de derivados. Foram processados 2.029.021 barris/dia de petróleo, superando o recorde anterior de 2.020.200 barris/dia de petróleo, alcançado em 3/7/2010.


Para obter essa marca, buscou-se a máxima eficiência operacional, aproveitando-se todas as oportunidades para aumentar a carga processada, dentro dos limites dos equipamentos e sistemas das refinarias. Foram respeitadas todas as diretrizes de confiabilidade operacional das instalações e os princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que norteiam as ações da Companhia.


Destaca-se, ainda, como um dos aspectos importantes, que esse resultado foi alcançado com a atuação integrada das áreas de Refino e Logística da Petrobras.



Petrobrás descobre petróleo de boa qualidade

em área da cessão onerosa – 8/VI/2012

A Petrobras informa a descoberta de petróleo de boa qualidade no terceiro poço perfurado na área da Cessão Onerosa, localizado na área denominada Sul de Guará, no pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com o contrato, nessa área a Petrobras tem o direito de produzir até 319 milhões de barris de óleo equivalente.


Este poço descobridor, denominado 1-BRSA-1045-SPS (1-SPS-96), está localizado na porção sul do Campo de Sapinhoá, em profundidade de 2.202 metros, e a uma distância de 320 km do litoral do Estado de São Paulo.


A descoberta foi comprovada por meio de amostras de petróleo de boa qualidade (cerca de 27º API), em teste a cabo, colhidas em reservatórios situados abaixo da camada de sal.


Atualmente o poço está sendo perfurado a uma profundidade de 5058 metros, buscando determinar o limite inferior dos reservatórios e identificar a espessura total das zonas de interesse.


Após a conclusão da perfuração, está programado um teste de formação para avaliar a produtividade dos reservatórios de óleo, de acordo com as atividades e investimentos previstos no Programa Exploratório Obrigatório (PEO) do Contrato de Cessão Onerosa.


Em tempo: poucas coisas a entusiasmam mais do que falar do Botafogo. Por ela, o Loco Abreu continuava no time.

Em tempo2: Graça Foster prefere ser chamada de Presidente. Com "e" no fim. Com "a", só tem uma.


Paulo Henrique Amorim