Lewandowski rompe sequência: absolve João Paulo
O Ministro revisor Ricardo Lewandowski transformou num conjunto vazio a acusação do brindeiro Gurgel contra o ex-Presidente da Câmara João Paulo Cunha.
Não houve ligação entre a Câmara, sob a presidência de João Paulo, contratar a agência de publicidade de Marcos Valério, realizar pesquisas pré-eleitorais em Osasco e receber de Delúbio Soares, tesoureiro do PT, R$ 50 mil.
Não houve, portanto, corrupção passiva.
Lewandowski se valeu, entre outros, de votos do Ministro Celso de Mello sobre a necessidade de haver um “ato de ofício” de um governante que resulte em benefício obtido.
Corrupção passiva, não houve.
João Paulo mandou a mulher ao Banco Rural receber um dinheiro que Delúbio Soares mandou entregar, como sendo dinheiro do PT.
Sobre a acusação de “peculato”, Lewandowski mostrou que quem mandava pagar a agência do Marcos Valério eram o diretor geral da Camara e a SECOM.
Lewandowski também se valeu do Tribunal de Contas para demonstrar que João Paulo não levou pra casa dinheiro agência de Marcos Valério.
Não meteu a mão, como há sete anos diz o PiG (*).
O dinheiro foi totalmente gasto em propaganda em veículos “respeitados do país”, diz o ministro revisor (na Globo, por exemplo, rádios e jornais …).
O mais significativo, no caso, é Lewandowski romper a sequência de condenações, a partir do fuzilamento de Pizzolato.
O PiG (*) vai começar a ficar preocupado.
Devia achar que se aplicaria a “teoria do dominó”: caiu o Pizzolato, cai tudo na sequência.
Começa a ficar um pouco mais complicado.
Como é complicado dizer que o Lewandowski falou em “dinheiro público”, como fazem os merválicos pigais (*), instalados nas Organizações (?) Globo.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.