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O eleitor morreu de rir do mensalão do Supremo

"Aécio podia ser o primeiro dos novos políticos e vai ser o último dos velhos políticos."
publicado 08/10/2012
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O programa Entrevista Record Atualidade, que vai ao ar nesta segunda feira, na RecordNews, às 22h15, logo após o programa do Heródoto Barbeiro, analisa a eleição de domingo com Fernando Lyra, ex-Ministro da Justiça, em Recife; Marcos Coimbra, da Vox Populi, em Belo Horizonte; Mauricio Dias, da Carta Capital, no Rio; e Nirlando Beirão, da RecordNews, em São Paulo.

A seguir, observações extraídas do progama, com as iniciais dos convidados.


- Quem ganhou a eleição em Belo Horizonte foi o Márcio Lacerda, que tem uma Prefeitura muito bem avaliada. Não foi o Aécio que ganhou e nem a Dilma perdeu. Márcio é que ganhou, por seus próprios méritos. (MC)

- A eleição para prefeito tem muito pouco a ver com a eleição para Presidente. (MC)

- A Carta Capital teve ousadia e acertou quando colocou Eduardo Camos na capa desta semana, antes da eleição, e disse que ele era o grande vencedor de 2012. (FL)

- Campos ultrapassa Pernambuco, e está fazendo um Governo excepcional. Campos é o que sai na frente nessa mudança de geração na política brasileira. (FL)

- Aécio é forte, mas não é o PSDB. Aécio é Minas. O PSDB só existe em São Paulo. (FL)

- Eduardo Campos governa para enfrentar o maior problema do Brasil: a desigualdade. Uma escravatura sem escravos. Recife tem 500 mil favelados. E quantos tem São Paulo ? (FL)

- Quem pode prever 2014?   A única hipotese razoável é a reeleição de Dilma. (FL)

- Quem podia imaginar que um desconhecido como Fernando Haddad ia chegar ao segundo turno? E que Cerra quase perde? (FL)

- A penetração de Eduardo Campos fora de Pernambuco, e mesmo no Nordeste, ainda é muito restrita. Nas pesquisas de intenção de voto para 2014, a Dilma tem 60% e Eduardo Campos tem 2, 3%. (MC)  

- Aécio estava com um olho em Minas e outro em São Paulo. A derrota de Cerra interessa a Aécio. (NB)

- Haddad vai herdar os votos de Russomano na periferia e vai ser eleito. (NB)

- O horizonte de Cerra não é a Prefeitura de São Paulo, por mais que ele faça promessas. Se perder ou ganhar, ele vai querer ser Presidente. (NB)

- Aécio podia ser o primeiro dos novos políticos e vai ser o último dos velhos políticos. (MD)

- Eduardo Campos já disse que Márcio Lacerda é mais aecista do que socialista (do PSB). (MD)

- Aécio, candidato a Presidente, terá muita dificuldade de entrar em São Paulo. Como JK, também mineiro. JK teve uma votação pífia em SP. (MD)

- A eleição no Rio não teve nenhuma emoção. A eleição do Flamengo é muito mais emocionante. E Patricia Amorim, tucana que não se reelegeu vereadora, pode não se reeleger Presidente do Flamengo. (MD)

- Na prefeitura, a união da filha do Garotinho com o filho do César Maia, uma espécie de união de jacaré com cobra d'água, teve uma votação pífia. (MD)

- O PSDB não governa uma única cidade no Grande Rio. (MD)

- Cerra é candidato a Presidente se for eleito Prefeito. Se não for, fica muito mais enfraquecido.

- O mensalão não teve nenhum efeito sobre as eleições. (FL)

- Mensalão ? Não teve efeito. E se essa eleição tem um fio condutor, no país inteiro, foi a repulsa a misturar mensalão com eleição. Essa tentativa de criminalizar a política – com a colaboração de certa imprensa e do Supremo, que mistura Caixa Dois com o sistema político – é um desserviço à Política. Explorar isso é um tiro no pé dos políticos. Porque desmoralizar a política desmoraliza todos eles. (MD)

- Usar o mensalão como arma política foi um dos perdedores dessa eleição. O que talvez explique o fato de um em cada três eleitores de São Paulo (32%) não ter votado. A soma de abstenção, nulos e brancos em São Paulo deve ser uma das maiores do Brasil, exatamente onde mais se falou em mensalão. O mensalão não teve o efeito devastador que muitos quiseram. E deve voltar à eleição em São Paulo, no segundo turno, porque o Cerra já disse que vai discutir “valores” na campanha. (NB)

- Devem ser os valores da Privataria. PHA

Pano rápido.

Paulo Henrique Amorim