Ayres não tem mais pressa. O mal está feito
Assistia o ansioso blogueiro a um breve trecho da cobertura completa, ao vivo, ininterrupta da GloboNews do mensalão (o do PT).
A âncora, uma especialista e, de pé, em frente à sucursal da Globo na Praça dos 4 Poderes: o prédio do Supremo Tribunal de Salém, uma colonista (*).
Discutia-se a lambança da dosimetria.
Só se sabe que o Dirceu será algemado.
Quanto ao resto, uma confusão generalizada.
Nem o Ataulfo Merval de Paiva, notável especialista na matéria, entende.
Aí, a colonista explica que, depois da caótica sessão, o presidente Ayres Britto disse aos jornalistas que não tem problema se a dosimetria levar mais tempo.
Pode esperar o ministro Barbosa voltar da Alemanha.
O Fluminense ganhar o Brasileirinho.
O Fernando Henrique parar de se olhar no espelho.
E o Cerrar guardar, até 2014, as armas de destruição em massa.
Disse o augusto Presidente, aquele cujas Teorias maquiavélicas o professor Wanderley recomenda espalhar a quatro ventos:
Agora é como trocar o pneu enquanto o carro anda.
Perfeito !
Não há mais pressa.
Ele, que calculou, milimetricamente, a cronologia do julgamento, que constrangeu o Ministro Revisor, agora pode sentar no banco de tras e relaxar.
Aguardar a troca de pneus.
Claro !
O Cerra pode transformar o mensalão (o do PT) num cabo eleitoral.
E a Globo pode produzir os memoráveis 18' de crime eleitoral, como demonstra o Edu.
Ayres Britto deve ir para aposentadoria - e um escritório de advocacia em Brasília - com a certeza do dever cumprido.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.