FHC: PSDB precisa renovar-se. A começar por ele !
Saiu no Estadão:
Fernando Henrique Cardoso defende renovação no PSDB
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso insistiu neste domingo, 28, na necessidade de renovação dentro do PSDB e de o partido voltar a se afinar com o sentimento da população. “A renovação é necessária sempre e o Brasil está mostrando isso mais uma vez hoje”, afirmou o ex-presidente, ao votar no Colégio Nossa Senhora de Sion, na zona oeste da capital paulista, por volta das 12h30.
Fernando Henrique, no entanto, disse que o candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, fez uma campanha “tenaz”. “O Serra é mais jovem do que eu e ele ainda tem a possibilidade de continuar a sua carreira, mas o partido, no geral, precisa de renovação. O momento é de mudança de gerações, mas isso também não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer. Eles têm apenas que empurrar os novos para a frente”, comentou Fernando Henrique.
Questionado por uma eleitora porque não participou mais ativamente na campanha de Serra, Fernando Henrique respondeu que fez tudo que o partido lhe pediu. Ele disse que não acha que o PSDB errou ao escolher Serra ao invés de um novo nome para disputar a Prefeitura da capital paulista neste ano. “Não é erro de campanha que decide a vitória ou a derrota. Como eu disse, é preciso sintonizar com a população. Nem sempre o novo é bom, é preciso ter capacidade para realizar”, afirmou.
O primeiro que o PSDB deve trocar é o guru, o Papa: Fernando Henrique Cardoso, o Farol de Alexandria, aquele que iluminava a Antiguidade e foi varrido num terrremoto.
Até porque a água começa a bater no joelho dele, com a Privataria Tucana ali na esquina.
Quando pensou em “atualizar” o ideário tucano, FHC reuniu André Lara Resende, Gustavo Franco, Edmar Bacha, Gianotti.
Ou seja, o pessoal da década dos 80...
Só faltou convidar o Brigadeiro Eduardo Gomes e o Alain Touraine, aquele intelectual francês muito famoso (no Brasil).
Se o farol não ilumina, o PSDB vai para o despenhadeiro.
Fernando Henrique não tem uma ideia nova desde que abraçou a causa dos maconheiros.
Em matéria de visão de Estado, de projeto de Governo, o Farol pensa hoje o que pensava no Governo: o que pegou na gôndola do neolibelismo (*), como o Salinas, o Menem e Fujimori.
A “geração da dependência” que ocupou e vendeu a América Latina.
São as mesmas ideias que o Urubóloga defende até hoje, de forma obediente.
Mas, tudo isso é trololó.
Ninguém no PSDB tem a grana ou o PiG (**) do Cerra.
Cerra será o candidato do partido contra a Dilma em 2014.
Como ele foi candidato a Prefeito.
Passou com o trator por cima do José Anibal, Tripoli e Bruno Covas.
(O Andrea Matarazzo, docemente constrangido, deixou o trator passar, sem aparente resistência.)
O Aécio Never não tem metade da grana ou metade do PiG (**) dele.
Vai ficar escondido atrás dos morros de Minas.
Em tempo: em Vitória, Luiz Paulo Velloso Lucas tomou uma surra no segundo turno para Luciano Rezende. Velloso Lucas é quadro do círculo mais intimo de Cerra. Foi quem escreveu o “programa” de Governo (sic) do Cerra em 2002.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.