Haddad: a questão é usuário vs empresário
Haddad começou a dar nexo político à discussão.
Nos países desenvolvidos, disse ele, um terço da tarifa é paga pelo empresário, um terço pelo poder público e um terço pelo usuário.
Aqui, os empresários entram com 10% - clique aqui para ler “Haddad põe os empresários na roda”.
A discussão retoma o seu leito original: a política.
A eterna batalha entre os que tem e os que não tem.
Chega de “o movimento é apolítico, apartidário”.
O debate começa a fazer sentido.
Por que a tarifa é alta ?
Quem pode dar mais e quem deve dar menos ?
Como repartir o bolo ?
Quem enfia o guizo no pescoço dos empresários ?
Eles vão ter que lucrar menos, bem menos.
Os manifestantes vão para rua defender a redução do lucro dos empresários ?
A Globo vai defender os manifestantes quando o bolso dos empresários entrar na roda ?
O Álvaro Dias vai dizer que o direito à manifestação é sagrado ?
Quais serão os alinhamentos políticos quando se discutir fulano entra com tanto e beltrano com tanto.
E depois: por que não tem metrô ?
Por que os tucanos fazem um km de metrô por ano ?
Que interesses adormecem atrás dessa aparente “incorreção técnica”?
A quem interessa não construir metrô, mais rápido ?
Por que é assim em 17 anos de governos tucanos em São Paulo ?
Haddad volta à origem da questão: quem se beneficia ?
Nada como conversar com o Nunca Dantes
Paulo Henrique Amorim