Pasadena: os pingos nos "i"
O Conversa Afiada conversou com alguém – que não é da Petrobras nem do Governo – e que conhece a operação da compra da refinaria de Pasadena.
(Clique aqui para ler entrevista com Sergio Gabrielli sobre a compra de Pasadena, originalmente publicada em em 6/08/2013.)
“A Presidenta Dilma fez pequena confusão.
“Put option” é uma cláusula comum em aquisições.
(Estabelece que uma das partes compre a outra em caso de divergência.)
A “Cláusula Marlin” - o retorno de 6,9% sobre o investimento - pressupõe que o investimento tenha sido feito.
Como não foi feito investimento, a cláusula se tornou inócua.
(A “Cláusula Marlin" garantia à sócia belga um lucro de 6,9% ao ano, depois de feito o upgrade na Pasadena.)
Dilma confundiu os dois momentos.
O da compra, decidida por unanimidade no Conselho da Petrobras que ela presidia.
Confundiu a aquisição com a decisão de investir, a ser tomada um ano depois.
Gabrielli decidiu que, com a “Cláusula Marlin” e diante das condições de mercado vigentes, não faria o investimento do upgrade da refinaria.
E foi para a Justiça.
E perdeu.
Foi feito um acordo na Justiça em que a Petrobras indenizou a antiga sócia.
A gestão Gabrielli não gastou um tustão.
Os pagamentos começaram em 2012, quando ele já estava fora da Petrobras.
Gabrielli só brigou na Justiça com a belga Astra Oil.”
Logo, a situação de Gabrielli é tranquila, ponderou o ansioso blogueiro.
“Se você considerar tranquilo o apedrejamento de 29 minutos no jornal nacional e mais 57' no jornal da Globo...”, respondeu o interlocutor.
“Bem, aí é culpa do Partido do Gabrielli, que não criou alternativa à Globo ...”
E pano rápido.
Paulo Henrique Amorim