Cabeça da Lava Jato tem passivo no Banestado!
Pimenta descreve um Procurador ideológico, seletivo e ... suspeito !
publicado
23/09/2015
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Saiu no site do PT na Câmara:
Paulo Pimenta: Procurador que é o “cabeça” da Lava-Jato atua de forma ideológica e tem passivo da CPI do Banestado
Um fato de proporções graves e sem precedentes, denunciado pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), põe em xeque os rumos e os resultados da operação Lava-Jato: de forma parcial, arbitrária, seletiva, ideológica e direcionada, a peça acusatória da investigação está se transformando numa ferramenta de disputa político-partidária. O alerta foi feito nesta terça-feira (22) pelo parlamentar durante reunião da CPI da Petrobras, com base em declarações à imprensa do procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, considerado o “cabeça” da Lava-Jato.
Na segunda-feira (21), o procurador disse em entrevista coletiva: “Quando falamos que estamos investigando esquema de compra de apoio político para o governo federal através de corrupção, estamos dizendo que os casos Mensalão, Petrolão e Eletronuclar são todos conexos porque dentro deles está a mesma organização criminosa e as pessoas ligadas aos partidos políticos. Não tenho dúvida nenhuma de que todos ligados à Casa Civil do governo Lula, tudo foi originado dentro da Casa Civil.” Em outro trecho, o procurador afirma não estar “investigando a Petrobras”, pois o que estaria no foco seria a “compra de apoio” pelo governo federal, “por meio de propina institucionalizada”.
Pimenta aponta que a fala do procurador é reveladora na medida em que estabelece um foco, traça um rumo e delimita um campo de atuação para a Lava-Jato, antevendo que tudo o que foge dessa delimitação estaria isento de ser investigado e, em sentido contrário, que tudo o que foi previamente escolhido para fazer parte dela já estaria, a priori, comprovado. “Ele [procurador] assume o pressuposto político-ideológico de que o PT cometeu crimes, e assim o processo é viciado desde o começo”, denunciou o parlamentar.
Contraditoriamente, o procurador que se investe de função inquisitória, supostamente em favor da moralidade, adotou conduta suspeita quando participou da força-tarefa que investigou a evasão de divisas do banco estadual paranaense – o Banestado. A CPI que investigou o caso recebeu à época documentos provando que, entre 1995 e 2001, a então mulher do procurador, Vera Márcia dos Santos Lima, trabalhava no Banestado e que, durante parte desse período, Carlos Fernando já atuava na investigação do esquema. Mais que isso, consta que sua mulher trabalhou em dois dos principais locais onde funcionava a “lavanderia” no Banestado e que, antes de o caso vir à tona, o procurador chegou a negar na CPI que algum parente trabalhasse no banco.
Acerca das declarações de Carlos Fernando sobre a Lava-Jato, Paulo Pimenta avaliou que um dos pontos que causam mais perplexidade é o fato de a investigação partir do pressuposto de que os crimes cometidos com recursos públicos são um problema exclusivo do PT e de seus aliados. “Ora, as doações de empreiteiras para campanhas eleitorais não são uma peculiaridade do PT. Pelo contrário! Na última eleição, a UTC doou mais para a campanha de Aécio do que para a da Dilma. A Odebrecht doou três vezes mais ao PSDB do que ao PT. Mas, na lógica do responsável pela Lava-jato, a doação para o PT e seus aliados é crime, e a doação para o PSDB é lícita”, criticou o deputado gaúcho.
Antes, o Conversa Afiada já havia publicado:
Quem é o procurador que quer prender o Lula
O que ele tentou fazer no Banestado explica muito ...
O Conversa Afiada publica importante denuncia do deputado Paulo Pimenta (do PT/RS) sobre esse procurador que desafia o Ministro Teori e, sem provas, quer prender o Lula.
(Não deixe de ver como a Lava Jato será anulada )
Mesmo afirmando “não ter provas”, procurador da Lava-Jato assume estratégia para criminalizar o PT e Lula, aponta Pimenta
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) reagiu às declarações de um dos procurados da Lava-Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, afirmando que há uma estratégia em curso para criminalizar o PT e o ex-presidente Lula. Nesta terça-feira (22), o parlamentar enfatizou que o posicionamento do procurador “se trata de atuação política por parte de um representante do Sistema de Justiça, em flagrante desrespeito aos princípios orientadores do Estado de Direito”. O deputado observa que a mesma conduta foi adotada na semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
Ontem (21), em coletiva à imprensa, o procurador alegou que o objeto das investigações não é a Petrobrás. Ele desconfia - já que afirmou não ter “provas concretas” - que se trata de “compra de apoio político-partidário pelo governo federal, por meio de propina, criada na Casa Civil durante o governo do ex-Presidente Lula”. Ao comentar a decisão do Ministro Teoria Zavascki, o procurador disse também entender que todos os casos de corrupção no país deverão ser investigados pelo juiz Sérgio Moro. Segundo Pimenta, trata-se de uma inadmissível violação do princípio do juiz natural.
O deputado lamenta que ao invés de se combater a corrupção de maneira “imparcial, sóbria e profunda” tenha se optado por fazer uma “caçada” ao PT. “Para criminalizar o PT, há quem aceite e faça vista-grossa, infelizmente, a todo o tipo de corrupção que envolve outros atores e outros partidos políticos”.
Para o parlamentar, é inaceitável que representantes do Sistema Justiça sustentem que doações para o PT são oriundas de caixa 2 e para o PSDB, Aécio Neves, são frutos de “generosidade”. “Então se há compra de votos é só em nível federal? É só o PT que está à frente da administração pública no Brasil? E onde o PSDB governa, lá não paira nenhuma desconfiança?”, questiona o parlamentar.
Pimenta lembra que as doações de empreiteiras para campanhas eleitorais não é uma peculiaridade do PT, e que entre as empresas investigadas na Lava-Jato há construtoras que fizeram doações muito superiores ao candidato Aécio Neves e ao PSDB. “O processo penal serve para investigar condutas cometidas por indivíduos determinados. Mas o que o procurador revela que eles estão fazendo é usar um processo penal para criminalizar apenas um partido e a figura do ex-Presidente Lula", reagiu Pimenta.