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Crise? Qual o tamanho dela?

"Crise" mesmo foi o fim da Escravidão.
publicado 16/09/2015
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bessinha maravilhas tucanas

Havia no reino tucano de São Paulo um programa de TV chamado "vamos sair da crise".

O programa saiu do ar, seu âncora foi tratar de outras crises e a crise continua.

Na Casa Grande.

Desde que acabou a Escravidão, acabou a intervenção militar de 64, e o Governo que lhe deu consistência ideológica, como sucessor da dupla Campos-Bulhões, o plúmbeo Governo do Príncipe da Privataria.

A crise na província de São Paulo existe também desde que fracassou a Guerra da Secessão de 1932.

E essa crise que está aí?

Vamos pôr os pingos nos "i"s dessa "crise".

Na Economia, a crise é de moderada intensidade.  

Não mata nem esfola.

Basta esfolar as costas dos ricos e tornar a tributação mais progressiva - porque sua regressividade hoje é tão obscena quanto o Big Brother Brasil.

A crise política também tem limites estreitos.

Ela deriva da inundação do processo eleitoral pela grana de empresas que o ministro (sic) Gilmar considera (sic) um mal que vem para o bem.

Será que ele leu o artigo do Lewandowski?

A grana das empresas elegeu um Congresso conservador - e um presidente da Câmara que, breve, pode ir em cana.

Mas, a crise não impediu o Governo Dilma de aprovar seu ajuste no Congresso.

Assim como aprovará a CPMF.

A crise não resultará em impítim, porque isso é delírio onanista da Casa Grande.

Não tem impeachment sem povo. Só isso.

A Lava Jato contribuiu para duas crises.

A crise do Judiciário, porque um juiz de Primeira Instância, com Procuradores megalomaníacos - como o que assumiu o Poder na Itália - e os delegados confessadamente aecistas - esse juiz de Primeira rasga a Constituição 24 horas por dia, convive com grampo ilegal de mictório e o sistema judicial não o pune.

Ele já deu mais prejuízos à atividade econômica do que conseguirá recuperar.

Ele não quebrou a Petrobras, a Odebrecht nem a Engenharia nacional - mas ajudou a desnudar a impotência/ cumplicidade da Justiça brasileira.

A outra crise que saiu do ventre da Lava Jato foi a suspeita - nada se prova com 1.3789.452 delações premiadas e selecionadamente vazadas - a suspeita de que "o PT é igual aos outros".

Desde já se sabe que não, porque na História da Corrupção Pátria, nada se compara à Privataria Tucana, sob a batuta do dono daquela fazendola em Minas e agora se veste de Catão provincial.

Mas se o PT for, em parte, igual aos outros, o PT toma uma cacetada ou duas nas eleições.

Mas, sobrevive, porque o trabalhismo no Brasil tem base social, raiz, organicidade.

Agora, crise mesmo é na Casa Grande.

Não tem programa nem líderes.

Mama na teta do PiG.

Que, por sua vez, definha com a tecnologia, como demonstrou o afiado Samuel Possebon.

"Vamos sair da crise"?

A Casa Grande não vai sair da crise porque o filho da catadora de castanhas virou doutor e não serve mais para carpir café ou cortar cana.

Quem precisa sair da crise é quem acha que "ajuste" do Levy salva a pátria.

Não salva.

O que salva é respeitar o voto - e o recado - do povo.

Que se manifestou de forma limpa e inequívoca em 2014.

E se manifestará em - e só então - em 2018.

Quando o Lula será árbitro.

Em tempo: leia também:

Senado aprova ajuste no lombo dos ricos


Paulo Henrique Amorim

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