Dessa vez, o sangue vai jorrar!
Quer dizer que os Golpistas acham que vão dar o Golpe.
Um Golpe de Estado com base num impeachment sem crime de responsabilidade da Presidenta!
E a galera vai aceitar!
Ninguém vai reclamar.
Vai ver a Dilma ser deposta no jornazional…
E fica tudo… normal.
Quem vai liderar o Golpe?
O FHC Brasif; o Padim Pade Cerra, uma das maiores fortunas da América Latina e, agora, finalmente, inscrito na Lista da Odebrecht; o Aecím Liechenstín, mais delatado que o Pedro Corrêa, e salvo pela sóbria administração do Dr Janot; o empresário Gilmar, que também despacha no Supremo, quando não é enxotado de Lisboa; a Globo de Paraty; o Moro, os delegados aecistas, que a Conceição Lemes descreve com pena implacável; e os procuradores que morrem de medo da delação do Marcelo Odebrecht!
Esses é que vão dar o Golpe!
E a galera vai aceitar.
Vão dar o Golpe para entregar o poder ao Temer ou ao Cunha!
E a galera vai aceitar!
Vão dar o Golpe para o Temer e o Cunha, na Presidência da República, aplicarem o Consenso de Washington Diaraque.
Aqui já se aplicou o Domínio do Fato Diaraque.
Agora, o Temer quer aplicar o Consenso de Washington Diaraque, redigido pelo Wellington Moreira Franco, que não resiste a um grito de “pega ladrão !”, do Paulo Dote.
Segundo o Estadão, em comatoso estado, o programa do Golpe é assim, conforme descrito nesse domingo 27/03:
- cortar o dinheiro do Bolsa Família;
- revisão da abrangência de todos os programas sociais;
- revisão da CLT;
- cortar os programas ProUni e Fies;
- tornar o SUS mais eficiente, ou seja, mandar os pobres de volta para a sarjeta;
- abertura comercial desenfreada, ou seja, deixar os produtos americanos entrarem à vontade;
- e a joia da coroa: privataria forte.
Ou seja, entregar a Petrobrax à Chevron do Cerra!
E a galera vai aceitar!
Um programa como essa “Ponte para o Futuro” do Wellington, na verdade, é uma ponte para os Estados Unidos.
Tentar repetir 1964, quando o Governo americano mandou uma frota descer o Atlântico para dar apoio ao Golpe contra Goulart.
É essa a ponte do Wellington!
Chamar o Governo Obama (ou Trump) para o Golpe!
(Esse Mino, esse Mino… Não é ele quem suspeita que o Moro seja da CIA?)
E a galera vai aceitar!
Que pretensão: o Wellington deve pensar que é o Wellington!
Quá, quá, quá!
E a galera vai aceitar!
E o que o ex-piauiense Wellington faz com o Nordeste?
Lança ao mar?
Todos os governadores do Nordeste já disseram NÃO ao Golpe.
Se preciso for, põem a Polícia Militar na rua para garantir a Democracia.
Como é que faz, Moreirinha, gato angorá dos militares?
O Golpe só vale em São Paulo e em Diamantino?
Quero ver o Requião deixar ter Golpe em Curitiba!
Os brizolistas deixarem ter Golpe em Porto Alegre!
A Jandira deixar ter Golpe no Rio!
Ainda bem que o Rui Falcão, presidente do PT, advertiu seus simpatizantes, num texto na internet: “queremos a paz, mas não tememos a guerra”.
O Mino Carta sempre disse que esse pais só toma jeito quando houver um banho de sangue.
É o jeito que ele pode vir a tomar.
Os golpistas acordaram o legalismo do brasileiro.
Um legalismo que ultrapassa e transcende o próprio PT.
Os metalúrgicos da Ford e da Volkswagen no ABC já estão de olho na ponte do Moreirinha.
Uma das lendas urbanas, como disse o Ministro Aragão na Carta Capital, é que o povo não está nem aí.
Faz parte do cardápio dos historialistas do Globo e da Companhia das Letras supor que você pode dar Golpe à vontade, que a galera vai aceitar, numa boa.
Que o Feiticeiro, o Golbery, e o Bestalhao, o Geisel, Fundadores da Democracia, botaram e tiraram a ditadura quando bem entenderam e o povo… nem aí!
2016 não é 1964.
Ali Kamel não é Golbery, nem o Historialista é Rubem Fonseca!
Dilma não é Jango.
Lula está vivo!
Em 1964 não tinha internet nem blogueiro sujo!
E a galera não vai aceitar.
Em tempo: Mino está excepcionalmente otimista. Acha que, antes do derramamento de sangue, mais próximo do que nunca, ele admite, mas antes disso o Golpe se estrumbicará.
Como essa composição do genial Bessinha!
Em tempo2: no livro "O Quarto Poder", que se vale do excelente trabalho "1964- A Conquista do Estado", de René Armand Dreifuss, há pormenorizada descrição do papel do general Golbery e de seu escriba de preferência, Rubem Fonseca, no IPES, organização financiada pelos americanos para derrubar Jango. Hoje há vários IPES por aí afora, a começar por Curitiba.
Paulo Henrique Amorim