Crescimento do emprego em SP bate record. Jornada começa a cair para 40h. Bye-bye Serra 2010
Saiu na primeira página do estadão da província de S. P. – clique aqui para ler :
“Crescimento do emprego em SP bate recorde. Vagas abertas na indústria somaram 45 mil em março. É o melhor desempenho desde dezembro de 2006.”
Saiu no Valor, pág. A2 – clique aqui para ler:
“Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí anuncia redução da jornada (de 44 horas semanais para 42) na GM do Rio Grande do Sul”.
Uma Proposta de Emenda Constitucional que prevê a redução das horas trabalhadas está parada na Câmara, segundo Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, por causa da pressão de Paulo Skaf, presidente da FIE P(*).
Ontem, a Record News exibiu entrevista que fiz com Torres.
Ele contou que 5.600 trabalhadores cobertos por 25 negociações salariais já se beneficiam das 40 horas semanais de jornada, no âmbito do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi.
Enquanto a FIE P(*) não deixa a Câmara votar, a realidade se impõe.
Com a indústria a todo vapor, fica mais fácil negociar, diz Torres.
Ele contou também que, nos últimos doze anos, os metalúrgicos de São Paulo conseguiram um aumento real de salário – acima da inflação – de 3,5% ao ano.
E que, hoje, no Brasil, 90% dos dissídios são feitos com aumentos salariais acima da inflação.
Que horror !
Só mesmo o Zé Inacabado para corrigir esse descalabro !
Paulo Henrique Amorim
(*) O Conversa Afiada prefere chamar a FIESP de FIE P, sem o “S”, por causa do papel edificante que a instituição desempenhou quando tirou o remédio da boca das crianças e acabou com a CPMF – com a ajuda providencial do Farol de Alexandria e de seu líder no Senado, Arthur Virgilio (aquele do Visa em Paris) Cardoso. A CPMF, além de dar remédio às crianças, era o melhor instrumento para combater o Caixa Dois, que, em São Paulo, se chama de “bahani”.