EUA derramam US$ 400 bi. É o que a Dilma condena
Saiu no G1
BC dos EUA vai comprar US$ 400 bilhões em dívida de longo prazo
Objetivo é forçar redução dos juros de longo prazo e evitar nova recessão.
Taxa básica de juros foi mantida entre 0 e 0,25%.
O Comitê de Política Monetária (FOMC) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), afirmou nesta quarta-feira (21), em comunicado, que pretende adquirir, até o final de 2012, US$ 400 bilhões em títulos da dívida do Tesouro de longo prazo, com vencimento entre seis e 30 anos. Ao mesmo tempo, a autoridade monetária pretende vender o mesmo valor em títulos de curto prazo (três anos ou menos).
"Esse programa deve pressionar para baixo as taxas de juros de longo prazo e tornar as condições financeiras mais 'cômodas'", disse o Fed em nota. "O comitê irá revisar regularmente o tamanho e a composição de seus ativos e está preparado para ajustá-los conforme for apropriado".
Com a medida, o Fed pretende forçar a queda das taxas de juros de longo prazo e reduzir os custos de empréstimos, em uma tentativa de evitar que o país volte a entrar novamente em recessão.
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O BC americano repete a fórmula de derrarmar dinheiro no mercado para desvalorizar o dólar e incentivar as exportações americanas
O mesmo presidente do BC, Ben Bernanke, já tentou isso e não resolveu o problema.
É a segunda dose da mesmo medicamento
Foi exatamente isso o que a presidenta Dilma condenou no discurso da ONU - Clique aqui para ler: a manipulação cambial
Os EUA e a China, por caminhos diferentes, desvalorizam suas moedas para exportar mais.
No caso dos EUA, é uma forma de sair da crise com o bolso dos outros.
Eu não resolvo o meu problema, mas como eu sou grande, eu obrigo você a resolver o meu problema.
Parece fácil, mas não é.
O Brasil vai se defender e a economia americana não vai necessariamente se recuperar com esse medicamento.
Ben Bernake passou muito tempo sem saber o que fazer.
Quando descobriu, tomou a decisão errada.
É possível que a economia americana se recupere, mas não por isso.
E, sim, pelo programa que Obama anunciou esta semana, que pretende, inclusive, taxar os milionários
Paulo Henrique Amorim