Mantega mantém IOF contra entrada de US$. Não vai ter crise cambial
Saiu no G1:
Governo não vai mudar IOF, afirma Guido Mantega
Segundo ele, governo não está preparando novas medidas contra a crise. Governo não está mais preocupado agora do que estava antes, disse.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (27) que o governo não pretende fazer mudanças na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). "Não vamos mudar o IOF. Não há previsão de mudar o IOF", disse. "O governo não está preparando novas medidas. O governo já tomou medidas e está fortalecendo a área fiscal", completou.
No final de julho, diante de um cenário de queda acentuada da cotação do dólar, o governo decidiu taxar em até 25% as operações feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no Brasil com instrumentos financeiros chamados de derivativos financeiros, usados como apostas das empresas e bancos, brasileiros e estrangeiros no mercado futuro - que pressionam para baixo a cotação do dólar.
Essa cobrança do IOF, disse Mantega à época, funcionaria como um "pedágio" contra a especulação no mercado futuro.Com a maior taxação o volume de dólares que entra no país tende a diminuir, o que reduziria a cotação. Os derivativos cambiais têm grande influência na formação de preços da moeda norte-americana no mercado à vista.
Com a acentuação da crise no cenário exterior, no entanto, o dólar teve forte valorização ante o real, levando o mercado a acreditar que o governo poderia retroceder na taxação sobre os derivativos.
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Manter o IOF na porta de entrada do Capital estrangeiro significa que o Governo brasileiro não está preocupado com a enxurrada de dólares e, portanto, a oscilação do Real.
Como diz o Delfim, não há o perigo de uma crise cambial.
Quando o Governo reduz os impostos, como no caso do imposto sobre o combustível, o PiG (*) emudece.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.