Royalties: Cabral, menos. Quer dar o pré-sal à Chevron ?
Saiu no G1:
Decisão do Senado sobre royalties é uma ‘aberração’, diz Cabral
Governador criticou projeto que redefine a divisão dos recursos do petróleo. Caso projeto não seja vetado, governador do Rio diz que vai ao STF.
O governador Sérgio Cabral considerou uma “aberração“ a decisão do Senado de aprovar o texto-base do projeto que redefine a divisão dos recursos dos royalties do petróleo. “O Congresso não pode violar um ato jurídico perfeito”, disse o governador na manhã desta quinta-feira (20) durante inauguração do reservatório do Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Cabral disse que espera que a Câmara dos Deputados reveja a decisão do Senado e, caso isso não aconteça, ele disse ter certeza absoluta que, como democrata, a presidente Dilma Rousseff vai vetar o projeto.
O governador disse ainda que caso o projeto não seja vetado pela presidência, ele pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, não há como planejar o orçamento do estado sem os recursos dos royalties do petróleo.
(...)
O Rio e os estados produtores serão devidamente recompensados.
A água profunda em frente ao Rio é do Brasil.
(O Conversa Afiada já tratou dessa tema e recomendou um samba do genial Silas de Oliveira na voz de Martinho da Vila.)
O perigo de brincar com aquela que talvez seja a maior herança do Nunca Dantes - o pré-sal é nosso - seria submeter o assunto ao Supremo.
O Supremo pode realizar a mais grave concessão de soberania de um Governo do Padim Pade Cerra: entregar o pré-sal à Chevron, como demonstra a gravação do WikiLeaks.
O México entregou o corpo, a alma (e a cocaína) aos americanos (*) no acordo do Nafta.
Mas, não entregou o petróleo.
A Pemex continua mexicana.
A sede da Petrobrax do Cerra e do Farol de Alexandria sairia do Rio para se instalar em Houston, Texas.
Se o Cabral insistir, o Supremo pode vir a realizar essa obra sinistra.
Nunca se sabe.
Afinal, no Brasil, a Polícia Federal é capaz de perseguir um cidadão que recorreu à Lei para saber se um magistrado rasga a Lei, em suas relações com um advogado de banqueiro condenado a dez anos de cadeia por subornar um agente federal.
No Brasil, urubu voa de costas.
Não é só em Niterói, como observou o notável ornitologo Stanislaw Ponte Preta.
(*) O ansioso blogueiro conversou com a dona de uma padaria que vende pan de muertos, no centro de Guadalajara. Pergunto o que ela acha de Salinas de Gortari, o FHC mexicano.
A resposta é impublicável.
Caímos na gargalhada e ela me pergunta: você sabia que o Salinas tentou dar o México ao Clinton ?
Não, não sabia, respondi.
Sabe o que Clintou disse ao Salinas ?
Não !
O México só me interessa vazio !
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim