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IBGE: renda do trabalhador bate record. Essa Dilma ...

Saiu no IBGE: Em fevereiro, desocupação foi de 5,7%.
publicado 22/03/2012
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Saiu no IBGE:

Em fevereiro, desocupação foi de 5,7%


A taxa de desocupação foi estimada em 5,7%, a menor para o mês de fevereiro desde o início da série (março de 2002), e não variando em relação ao resultado apurado em janeiro (5,5%). Em comparação a fevereiro de 2011 (6,4%), recuou 0,7 ponto percentual. A população desocupada (1,4 milhão de pessoas) foi considerada estável no confronto com janeiro.

Quando comparada com fevereiro do ano passado, recuou 8,6% (menos 130 mil pessoas). A população ocupada (22,6 milhões) não variou frente ao mês de janeiro. No confronto com fevereiro de 2011, verificou-se aumento de 1,9%, o que representou elevação de 428 mil ocupados no intervalo de 12 meses. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,2 milhões) não registrou variação na comparação com janeiro. Na comparação anual, houve uma elevação de 5,4%, o que representou um adicional de 578 mil postos de trabalho com carteira assinada em um ano.


O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.699,70, o valor mais alto desde o início da série, em março de 2002) subiu 1,2% em comparação com janeiro. Frente a fevereiro do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 4,4%. A massa de rendimento real habitual dos ocupados (R$ 38,7 bilhões) aumentou 1,6% em relação a janeiro. Em comparação com fevereiro de 2011, a massa cresceu 5,8%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 47,1 bilhões), estimada em janeiro de 2012, caiu 0,7% no mês e subiu 29,6% no período de um ano.


A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/.


Análise da newsletter do Bradesco:

(...)


Os dados de rendimento do trabalhador continuaram mostrando aceleração na comparação interanual, acompanhada também de aceleração na margem. O rendimento médio real alcançou R$ 1.699 em fevereiro, com alta de 4,4% em relação a fevereiro de 2011 (em linha com o que esperávamos). Com ajuste sazonal, houve alta de 0,7%, depois do avanço de 0,3 % visto em janeiro – trata-se da quinta alta consecutiva. Entre os setores, os principais destaques ficam por conta das altas interanuais de 13,4% do rendimento real na construção, de 8,2% dos trabalhadores em serviços domésticos e de 7,6% em outros serviços.


O rendimento nominal, por sua vez, registrou alta interanual de 10,3%, o que equivale, segundo nossas estimativas, a uma expansão de 1,3% na margem (ante a taxa de 0,9% vista em janeiro). A massa salarial real seguiu essa melhora e avançou 1,5% na margem, descontados os efeitos sazonais – após elevação de 0,6% no mês anterior – e 5,8% em relação a mesmo mês de 2011, após elevação de 3,6% em janeiro.


- Esperamos que, à medida que a recuperação da atividade ficar mais evidente, principalmente a partir do segundo trimestre, deveremos observar sinais de expansão mais forte na geração de vagas, o que também deve se materializar nos dados de Caged. Assim, os resultados mais recentes do mercado de trabalho não alteram nosso cenário de taxa média de desemprego de 5,5% em 2012.


O rendimento, por sua vez, continua com tendência de elevação, tendo sido favorecido neste começo de ano pela forte elevação do salário mínimo e seus impactos. Esse cenário, se confirmado, constituirá um importante vetor de aceleração do consumo das famílias ao longo dos próximos meses, sob um contexto no qual o consumidor está confiante e se sentindo menos endividado, conforme apontado pela Sondagem do Consumidor da FGV.