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Dilma e os BRICs calam a elite

A elite brasileira gostaria que BRICs fosse o acrônimo de Bélgica, Roma, Inglaterra, Califórnia e Suíça.
publicado 28/03/2012
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Antes que o PiG (*) diga que o encontro dos BRICs em Nova Delhi foi um fracasso e que a Dilma não brilhou, o ansioso blogueiro visitou a imprensa da Índia e agências internacionais de notícias para saber o que aconteceu.

Por exemplo, descobriu que, de fato, os BRICs deram o primeiro passo para criar um Banco de Desenvolvimento, como contra-peso ao Banco Mundial (controlado desde Bretton Woods pelos Estados Unidos).

“Este novo banco de desenvolvimento tentará converter o poder econômico dos BRICs em influência diplomática coletiva”.

Além do banco de desenvolvimento, o objetivo é aproximar as Bolsas de Valores dos países dos BRICs.

E estimular o comércio nas próprias moedas.

Por exemplo: no encontro, Rússia e Índia anunciaram que, em três anos, passarão a comercializar em suas próprias moedas.

(Como a China é rival das duas, é provável que, breve, a China faça o mesmo, para entrar no jogo – PHA)

Por falar em maior “influência diplomática”:

os BRICs rejeitaram a ação unilateral americana contra o Irã.

A suspensão da compra de petróleo elevou os preços e, segundo os BRICs, isso prejudica a recuperação econômica mundial.

A Rússia queria uma condenação mais forte contra os Estados Unidos, mas os outros países atenuaram a linguagem.

Os BRICs querem uma solução diplomática para Síria.

E lamentaram a lentidão com que o FMI tenta re-erguer a economia mundial.

Navalha

Por mais que os colonistas (*) do PiG (**) lamentem, os BRICs se tornaram uma força política irremediável.

A elite brasileira gostaria que BRICs fosse o acrônimo de Bélgica, Roma, Inglaterra, Califórnia e Suíça.

Já foi tempo, amigo navegante.

O Rei Leopoldo morreu.

Eles é que não sabem.

 



Em tempo: nem a Urubóloga – que voltou das férias e isso é uma ameaça à paz mundial – conseguiu falar mal da reunião de Nova Delhi. No Bom (?) Dia Brasil, ela, porém, disse que o Brasil não tem “competência” para exportar para a Índia. Ela não se contém ...


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.