Dilma batiza a P-59 e afunda o PiG
Nos anos 80, o Brasil era a segunda indústria naval do mundo.
Depois, com o sombrio neolibelismo (*), a indústria naval brasileira afundou.
(É uma especialidade da dupla Cerra/FHC.)
Por causa do Nunca Dantes, o Brasil trouxe os estaleiros de volta.
Saiu hoje no Blog da Petrobrás:
Dilma Rousseff batiza a plataforma P-59
A P-59 será a sexta plataforma do tipo autoelevatória da Petrobras em operação no país. Com isto, a empresa aumenta seu alcance em profundidade d’água rasa para 106 m. As atuais operam em até 70m. A Companhia investiu cerca de US$ 360 milhões na construção da plataforma, projetada para atender aos cronogramas operacionais de exploração e produção da Companhia nos próximos anos e dar suporte à eventual estratégia de incorporação de novos blocos exploratórios em águas rasas, dependente ainda de leilões da ANP.
No discurso, a Presidenta reafirmou a política econômica em curso desde 2003: desenvolver e distribuir os benefícios do desenvolvimento com o povo.
(Clique aqui para ler “as crianças são mais importantes que o PIB” e aqui para ler “a inadimplência vai cair”.)
Depois dessa guinada promovida pelo Nunca Dantes, ela realiza o que chamou de “modificar condições”:
- os juros nunca dantes – ela fez questão de usar expressão que o PiG (**) odeia – foram tão baixos;
- a taxa de câmbio hoje impede o sucateamento da indústria nacional por moedas estrangeiras manipuladas (menção implícita à China);
- e a redução progressiva dos impostos.
O Brasil vai sair da crise sem tirar os direitos dos trabalhadores, como a Espanha fez: semana passada cancelou o décimo-terceiro salário.
E não adianta nada.
Tem país na Europa (deve ser a Grécia – PHA), disse ela, em que a taxa de desemprego é de 25% e isso põe na rua, desempregada, a metade da população jovem do país.
E lá eles continuam a cortar direito do trabalhador e a aumentar impostos.
Dilma quer usar a crise para melhorar: reduzir o custos, reduzir os impostos, aumentar a capacitação do trabalhador e com ele distribuir os bônus do crescimento.
Ela lembrou que foi o Nunca Dantes que se insurgiu contra a compra de navios e plataformas da Petrobrás no exterior.
E a solução encontrada para produzir a P-59, da associação da Petrobrás com empresas privadas, se reproduzirá.
Porque ela e o Lula sabem que o brasileiro é capaz de produzir essas obras que ela chamou de “fantásticas” (o ansioso blogueio prefere “espetacular”- PHA).
É por essas e outras que o PiG (**) diariamente tenta vender a Petrobrax à Chevron – clique aqui para ver como o PiG (**) trabalha para beneficiar as empresas estrangeiras, contra a Petrobás.
Paulo Henrique Amorim
(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.