Compre Brazil. E jogue o PiG no lixo !
Leituras inúteis em Londres, onde não circulam os órgãos (sic) do PiG (*).
No Financial Times, que o Valor gostaria de copiar, entrevista com Mohamed El-Erian, principal executivo do Pimco, o maior fundo de investimentos do mundo.
Sobre como sair da crise:
“Acho que a questão crítica, hoje, é (o investidor) se dar conta de que há ativos seguros, além dos títulos do Governo americano. Isso (hoje) é muito importante. E esses ativos seguros estão em lugares que as pessoas normalmente não consideram: Austrália, Brasil e México.”
A Europa deveria seguir o exemplo dos países em desenvolvimento.
É o título de artigo, no Guardian, de Jayati Ghosh, professora de Economia na Universidade Jawaharlal Nehru.
“Os países que se recuperaram com sucesso de crises recentes e conseguiram voltar a crescer e a gerar emprego – por exemplo, a Malásia e a Argentina – são os que não seguiram as regras impostas pelo establishment global.”
(Como faz hoje a Presidenta Dilma, que gasta, gasta e gasta !
Para a felicidade do Lord Keynes.)
Por falar em establishment global, esse que fornece especialistas em neolibelismo (**) para aparecer no PiG (*).
Na capa do Financial Times:
O HSBC toma uma multa de US$ 700 milhões porque lavou dinheiro do narco-tráfico mexicano !
Só.
E uma informação extraída da Global Edition do New York Times, o IHT.
O amigo navegante certamente acompanha – inclusive pelos artigos do Mauro Santayana – as últimas peraltices dos bancos europeus.
Especialmente a do imaculado Barclays inglês, que mandou para a rua a alta direção, porque manipulava as taxas Libor.
A Libor é uma taxa interbancária, fixada por bancos privados, que regula (ou regulava) as taxas de juros para todas as transações bancárias internacionais.
Calcula o IHT que só em derivativos de hipotecas, a Libor fixou os juros de operações que chegaram a US$ 3,5 TRILHÕES.
TRILHÕES !
Como se sabe, para não demonstrar que ia mal das pernas, o Barclays entrava na reunião matinal que fixava a Libor com previsão de juros mais baixos do que, de fato, precisava pagar, já que suas contas não fechavam.
Pois, sabe o amigo navegante quantos neolibelês (**), desses especialistas que dão entrevista ao PIG, se reúnem todo dia de manhã, em Londres, para fixar a Libor ?
Dezessete !!!
Dezessete engomadinhos, mauricinhos, que falam em “ajuste”, “austeridade”, “Orçamento equilibrado”, “PIB potencial” etc etc etc
Em 1991, eram os representantes de 153 instituições.
Em 2001, só 49.
Hoje, com a concentração na área bancária, são 17, que cabem numa sala de reuniões da GloboNews.
Na Inglaterra, o pessoal paga multa e se o advogado não for bom, vai em cana.
No Brasil, eles produzem obviedades no “Entre Caspas”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.