PHA rebaixa a nota da S & P's
Em estado comatoso, o Estadão teve o que o professor Wanderley Guilherme chama de “orgasmo com a catástrofe”:
S&P revê nota do Brasil diante de PIB fraco e gastos elevados
Agência colocou rating (sic) do País em perspectiva negativa e disse que pode rebaixá-lo nos próximos dois anos
O ansioso blogueiro foi à estante e localizou o livro “Predator Nation” - uma nação de predadores, criminosos corporativos, corrupção política e o sequestro da América, de Charles Ferguson, que recebeu o Oscar de 2011, com o documentário “Inside Job”: como uma nação de predadores foi à lona, em 2008.
Na pág. 49 (edição da Crown Business, Nova York, 2012), a Standard & Poor's aparece que detentora de um virtual “monopólio” sobre “classificação de risco”, no sistema predatório das finanças americanas;
Na pág. 98, a S & P's aparece como quem deu classificação AAA a muitos papeis que viraram pó;
Na pág. 106, o autor anota que a S & P's detinha o “remarkable“ poder de se situar, ela própria, nas estratégias de aplicação de investimentos;
(Imagine, amigo navegante, por suposição, que uma instituição monopolística e mal-intencionada avaliza um investimento, aplica nele, e vende antes que comece a cair … Isso é inconcebível, não ? Especialmente na arena do capitalismo limpo, imaculado de Wall Street … Nem pensar !)
Na pág. 207, Ferguson mostra como, entre 2004 e 2007, nos degraus que antecederam a catástrofe, a S & P's dobrou e decuplicou o endosso a diferentes tipos de derivativos que viraram pó;
Na pág. 196, o autor considera que a S & P's deveria responder criminalmente pelos atos que cometeu.
O ansioso blogueiro concorda.
Alguns dirigentes da S & P's deveriam ter respondido criminalmente por seus atos desastrosos, predatórios.
Assim como alguns que nela acreditam.
Paulo Henrique Amorim