Boicote ameaça o Mais Médicos
Saiu no Estadão, que precisa de Mais Médicos, urgente!
45% dos inscritos no Mais Médicos têm registro de CRM inválido
Ministério da Saúde desconfia que esse dado pode significar um boicote ao programa
BRASÍLIA - O programa Mais Médicos conseguiu atrair a inscrição de 18.450 médicos. Desses, 1.920 são estrangeiros, de 61 nacionalidades diferentes. No entanto, 8.307 inscritos aparecem com registros inválidos nos conselhos regionais de medicina, o que reforça a impressão do Ministério da Saúde de que pode ter havido um boicote ao programa.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, as inscrições precisam ser validadas até domingo, 28, e erros como esses poderão ser corrigidos, se tiverem sido feitos por engano.
Outros 1.270 médicos estão atualmente matriculados em programa de residência e, se quiserem realmente participar, precisarão apresentar um documento mostrando que estão se desligando do curso. Do total, 15.300 profissionais ainda precisam finalizar seu cadastro.
Entre os municípios prioritários para o programa, 3.511 - 92% do total - também se inscreveram para receber profissionais.
Em tempo: Clique aqui e leia "Lewandowski fulmina Dantas. Klouri e PHA vencem no STF !"
E aqui para ler "STF nega pedido de suspensão do programa Mais Médicos"
A situação do Ministro Alexandre Padilha inspira cuidados.
De um lado, Aloizio Mercadante, que dá sinais de pretender recuar.
Mercadante não resiste a uma pressão da Globo e, aí, ele plimpa.
De outro, o zé da Justiça, quinta categoria na escala Ciro Gomes de competência.
A PF do zé investiga se há boicote nas inscrições do programa Mais Médicos.
Coitado do Padilha …
A última da PF foi descobrir que existe corrida a banco sem causa .
É a corrida espontânea.
Ué, o Bernardo plim-plim não jurou que o grampo americano era um grampo sem áudio ?
Esse é outro que entra na escala Ciro Gomes de competência em situação sofrível.
Que o boicote foi convocado, não há a menor dúvida.
Está nas redes sociais.
Quais são os “erros” mais comuns nesse possível boicote ?
Ou o CRM do inscrito não existe ou é de outro médico.
Informar o numero do CRM é elementar, primário.
Porém, vamos admitir que tenha havido um erro de digitação, uma confusão de recém-formado cujo numero do CRM ainda não esteja integrado à base de dados do Conselho de Medicina.
É uma hipótese, digamos, benevolente.
Outra questão em aberto é o numero de candidatos que, no momento, fazem residência médica.
São uns 1.300.
É um numero alto, convenhamos.
Não há vagas, hoje, no Brasil, para residências médicas.
O exame para residências médicas é como um segundo vestibular, para quem já é medico formado.
É estranho, alguém querer voltar ao ponto de “generalista”, no Mais Médicos, se já pode seguir em direção à especialização...
Depois da inscrição no Mais Médicos, há duas etapas a vencer.
Primeiro, este domingo se encerra a fase de escolher seis cidades em que o candidato gostaria de trabalhar.
Seis cidades das seguintes categorias: capital, região metropolitana, cidades com baixa receita per capita, cidades em que mais de 20% dos habitantes vivem em situação de extrema pobreza, cidades de extrema pobreza, e áreas de população indígena.
O candidato tem que escolher seis, em ordem de preferência.
Na semana que vem, o Ministério da Saúde vai cruzar as informações de todos os candidatos e oferecer a cada um – diante do cruzamento feito - a oportunidade de, em dois dias, informar por qual optou.
E, ao dizer por qual cidade optou, provar que se desligou da residência médica.
Exatamente para evitar o boicote da “dupla militância”.
Ou seja, mostrar, desde este fim de semana, que não vai dar para boicotar o programa sentado na residência médica: fingir que é candidato e não é.
Pode parecer inacreditável, que, num país que precisa de médicos, médicos formados sejam capazes de boicotar um programa como o Mais Médicos.
Mas, no Brasil, que, como diz o Mino Carta tem a PIOR elite do mundo, tudo é possível.
E tudo isso porque os médicos brasileiros, já formados, não querem a concorrência dos médicos cubanos, um exemplo para a Organização Mundial da Saúde.
E não querem que o Brasil copie a Inglaterra e obrigue os médicos a trabalhar dois anos depois de formados no serviço público.
E o boicote, existe mesmo ?
Ora, amigo navegante, relaxe.
O zé vai descobrir.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim