Depois da Globo, Receita multa o Itaú
Saiu no PiG (*) cheiroso:
Receita autua Itaú Unibanco em R$ 18,7 bilhões
SÃO PAULO - O Itaú Unibanco recebeu um auto de infração da Receita Federal no valor de R$ 18,7 bilhões a respeito de não recolhimento de tributos em 2008 no âmbito do processo de fusão entre Itaú e Unibanco.
Segundo comunicado feito pelo Itaú Unibanco, R$ 11,8 bilhões referem-se à cobrança de Imposto de Renda e outros R$ 6,7 bilhões estão relacionados à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
“No entendimento da Receita Federal, a companhia teria deixado de recolhê-los, em relação ao exercício de 2008, no âmbito da operação societária”, diz o banco.
Para a Receita, de acordo com o Itaú, “deveriam ter sido realizadas operações societárias de natureza diversa, que teriam gerado um ganho tributável”.
O banco contesta o auto de infração agora e considera “remoto” o risco de perda, seguindo entendimento de seus advogados e assessores externos.
“O Itaú Unibanco reafirma que as operações realizadas em 2008 foram legítimas”, diz o banco.
Para ler sobre a dívida bilionária da Globo Overseas Investment BV com a Receita, clique aqui.
Aqui para ver, em quadrinhos, o que teria acontecido num episódio semelhante.
E aqui para ver como o deputado Fernando Ferro desafia o Ataulfo Merval (**) e o Jabor a denunciarem a sonegação em paraíso fiscal.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".