IPTU no Supremo: industriais derrotam os pobres
O ansioso blogueiro ficou chocado com a decisão do Presidente Barbosa (quando ele legitimará a Satiagraha ?) que impede o aumento do IPTU para a cidade de São Paulo.
E ligou para o Profeta Tirésias que se recolhia, neste fim de tarde, a uma pousada em Tiradentes.
- Como explicar, Profeta, essa inacreditável decisão, que, aliás, não tinha nada que ir ao Supremo ?, perguntou o ansioso blogueiro.
- É vitória do rico contra o pobre.
- Assim, tão simples ?
- Assim, tão simples. Os industriais de São Paulo – que, aliás, vive um acelerado processo de desindustrialização – já tinham se livrado da CPMF…
- Quer dizer, foi quando o caixa dois liberou geral …
- Geral, não digo, mas que liberou liberou.
- E agora ?
- Agora, venceu o grande industrial imobiliário, o Johnny Saad. Simples: a indústria, os ricos, esmagam o pobre. Isso é mais velho que a Sé de Braga.
- Essa foi demais, Profeta. Sé de Braga …
- Isso mesmo: Spartacus acabou retalhado em pedacinhos … O Haddad aumentou o IPTU de uma forma que desonerava o pobre e punia mais os ricos. Como se espera, aliás, de um governante trabalhista.
- E por isso ele foi derrotado ?
- Exatamente por isso.
- Agora, o Haddad vai ter que aumentar o IPTU para 2014 em 6%, de forma linear, pra todo mundo.
- Não tem alternativa. Não atualiza a planta genérica...
- E o presidente Barbosa, Profeta …
- Tem sido consistente.
- Como assim ?
- Mudando de assunto: o interessante é que uma Lei manda o Haddad ajustar a planta genérica do IPTU da cidade. O Tribunal de Justiça de São Paulo e o Presidente Barbosa querem que ele não cumpra a lei.
- Elementar, meu caro Profeta.
- Como assim, meu caro ?
- Cumprir uma lei contra os ricos ?
- De fato, seria um absurdo !
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim