Alemanha, França e Itália aderem a banco da China
Segundo a Xinhuanet, agência de noticias estatal da China, http://news.xinhuanet.com/english/2015-03/17/c_134075215.htm , os governos da Alemanha, da França e da Itália decidiram aderir ao banco de investimentos Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), de iniciativa chinesa.
A China pretende construir uma gigantesca rede de infraestrutura que ligue sua região mais oriental – Xian – a Atenas (na Grécia, e ao lendário Porto de Pireus), Veneza (Italia) e Rotterdam (Holanda), depois de passar pelo Cazaquistao, Uzbequistao, Irã, Rússia e Turquia.
O capital inicial do AIIB é de US$ 50 bilhões.
Os Estados Unidos fizeram forte pressão diplomática para impedir que os três países europeus aderissem ao banco da China – e a sua área de influencia política e econômica - http://www.nytimes.com/2015/03/18/business/france-germany-and-italy-join-asian-infrastructure-investment-bank.html?hp&action=click&pgtype=Homepage&module=first-column-region®ion=top-news&WT.nav=top-news .
O Governo americano, segundo o New York Times, considera que esse banco se rivalizaria com o Banco Mundial, que, desde o fim da II Guerra, está sob a influencia direta dos Estados Unidos, assim como o FMI.
Da mesma forma, o Banco dos BRICs http://www.fazenda.gov.br/divulgacao/noticias/2014-1/julho/brics-criam-novo-banco-de-desenvolvimento, fundado em Fortaleza com um capital inicial de US$ 100 bilhões, é uma ameaça à exclusiva hegemonia americana.
As duas notícias devem provocar uma certa apreensão naqueles que, aqui no Brasil, construíram a carreira em torno da ideia de que a hegemonia exclusiva dos Estados Unidos seria eterna.
Como o Príncipe da Privataria , o dos chapéus, o Ataulfo Merval e todos os que, como o Machão do Leblão, sem saber ao certo saber por quê, preferem o “Pacto do Pacifico” ao Mercosul.
Querem acomodar-se no colo dos Estados Unidos, não sem, antes, tirar os sapatos.
Paulo Henrique Amorim
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