Forte não é o Meirelles. É o Etchegoyen
General Etchegoyen, uma tradição em família
O pau vai comer no Governo do Traíra.
Nas apenas por causa da reação dos grupos organizados – sindicatos, UNE, MST, Movimento dos Sem Teto, o escracho – mas, também, nas manifestações espontâneas de protesto, desarticuladas politicamente, mas igualmente contestárias.
O que costuma atrair vândalos, depredadores, incendiários.
É o que se pode antever de um “governo” de corruptos, que pretende aplicar um programa econômico radical – pau nos pobres! - sem ter um centímetro de legitimidade.
Um Governo Golpista!
Portanto, tão importante quanto o “choque de credibilidade” do Meirelles, será o “choque elétrico” do sistema repressivo que se montará ao lado do Temer, e acima do Meirelles.
(Ah, que falta fará o Coronel Ustra, nunca assaz louvado!)
O conjunto formado por SNI, Força Nacional, Polícia Federal, policias estaduais, beleguins e cidadãos Boilensen que sempre aparecem nessas horas turvas.
A FIE P está aí para refinanciá-los.
E o BankofAmerica (antecessor do Itaú) também!
O Meirelles já se sabe quem é.
Agora precisa saber o que vai sustentar a política do Meirelles.
Não serão Temer nem o Cunha.
Mas, o chefe desse sistema repressor.
Aparentemente, ele já tem nome e sobrenome, que apareceu quando se soube que o Temer vai montar um SNI do Golbery.
Será o General Sergio Etchegoyen, Chefe do Estado Maior do Exército Brasileiro.
E de onde vem o General Etchgoyen?
Lembra, amigo navegante, daquele amigo navegante que tem uma memória de elefante e enviou reflexões no dia do voto do Supremo sobre o Cunha – e vocês esperavam o quê?
Pois, a memória dele nos permite traçar a arvore genealógica do referido General Sergio Etchgoyen:
do seu amigo navegante.
O general Alcides Etchegoyen, avô do general Sérgio Etchegoyen, foi o sucessor do funesto Felinto Miller como chefe de Polícia do Distrito Federal na ditadura do Estado Novo. Na democracia, o general Alcides encabeçou a chapa dos entreguistas vitoriosa na eleição do Clube Militar em 1952. E baniu os debates sobre a criação da Petrobrás. Apoiou o golpe contra a posse de JK. Informações do CPDOC/FGV.
O general Leo Guedes Etchegoyen, pai do general Sergio, foi secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, indicado pelos golpistas de 64, e comandou a repressão no Estado de Leonel Brizola. Durante a ditadura, trabalhou sob as ordens do funesto general Milton Tavares, mentor da tortura nos quartéis do Exército. Foi chefe do Estado Maior do II Exército, quando protegeu e fez elogios oficiais a um notório torturador do DOI-Codi paulista. Informação da Comissão Nacional da Verdade.
O coronel Cyro Guedes Etchegoyen, tio do general Sérgio, foi chefe da seção de Informações e Contrainformações do Centro de Informações do Exército (CIE), também sob as ordens do funesto Milton Tavares.
Segundo depoimento do coronel Paulo Malhães à CNV, Etchegoyen era a autoridade do CIE responsável pela Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). Informações da Comissão Nacional da Verdade.
Espionagem, tortura e violência política estão no histórico militar da família Etchegoyen.
É com esse tipo de militar que Michel Temer pretende conter a previsível reação a seu programa neoliberal radical.
Em tempo2: Jango também tentou um Estado de Sítio para prender o Governador da Guanabara, Carlos Lacerda, um líder do Golpe, e teve que recuar, o que apressou sua queda.
Paulo Henrique Amorim