O Delfim está certo!
O Trabuco, o Lula e o Tirésias também!
publicado
28/01/2016
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O Conversa Afiada concorda com o Trabuco, o Tirésias, com o Lula quando fala de Previdência aos blogueiros e com o ansioso blogueiro, quando trata da questão da Previdência.
O ansioso blogueiro sugere, nesse item, um slogan para a Presidenta usar em rede nacional: "Trabalhe mais e ganhe menos inflação!"
Agora reproduz trechos de entrevista do Delfim ao Globo:
Delfim Netto: ‘O PT pode ser contra, o PT não sabe regra de três’
(...)
A solução para a crise é mais política ou econômica?
É óbvio que a política precede a economia. Não adianta ser economista sem poder. Se você não tiver um controle da política, dificilmente terá controle da economia.
Foi o que aconteceu com o ministro Joaquim Levy?
O Levy tinha um bom programa, mas não conseguiu executá-lo. Tanto o (atual ministro da Fazenda) Nelson (Barbosa) quanto o Levy são igualmente competentes. Por isso, não vejo razão para imaginar que a substituição do ministro seja condição necessária para mudar. O problema é que você não consegue organizar a sociedade para fazê-la voltar a funcionar.
O que acontece?
Há uma dúvida sobre a capacidade de o governo administrar o país. Você não pode ter um presidencialismo sem Presidência. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o impeachment está fora do radar. Portanto, temos que usar a Dilma.
O que ela precisa fazer?
Todo mundo sabe que o sistema de aposentadoria viola as regras da aritmética. É um problema que vai ter que ser enfrentado. Em segundo, as vinculações são absurdas, incompreensíveis. Vinculação é estar num avião, ligar o piloto automático e esperar acabar a gasolina. Também não se pode manter tudo indexado ao salário mínimo. O quarto ponto é: nenhum empresa hoje sabe qual o seu passivo trabalhista. Porque a Justiça do Trabalho parte da hipótese de que todo trabalhador é hipossuficiente e todo empresário é ladrão.
(...)
Como a economia pode voltar a funcionar?
Existe um equilíbrio entre o que você tem que investir e o que você tem que consumir. O Brasil não é especial. A ideia de que o Brasil é um teratológico (teratologia é o estudo das deformações orgânicas) é mentira. Teratológico é o seu governo.
A presidente não está cumprindo o papel dela?
Ela tem que assumir a responsabilidade.
Falta traquejo político para ela?
Não. O primeiro ano da Dilma, em 2011, foi perfeito. Em 2012, a coisa começou a desandar, quando ela começou a pôr mão na energia elétrica, nos juros. Em 2014, houve um destempero fiscal muito grande porque já havia uma recessão e não houve disposição de cortar a despesa por causa da eleição.
(...)
A Lava-Jato está atrapalhando a economia?
Acho isso uma tolice. Ainda que tenha prejudicado alguma coisa agora, daqui cinco anos a Lava-Jato garante mais 1% ou 2% de crescimento por ano porque mostra que as instituições estão muito mais sólidas.
A solução para a crise é mais política ou econômica?
É óbvio que a política precede a economia. Não adianta ser economista sem poder. Se você não tiver um controle da política, dificilmente terá controle da economia.
Foi o que aconteceu com o ministro Joaquim Levy?
O Levy tinha um bom programa, mas não conseguiu executá-lo. Tanto o (atual ministro da Fazenda) Nelson (Barbosa) quanto o Levy são igualmente competentes. Por isso, não vejo razão para imaginar que a substituição do ministro seja condição necessária para mudar. O problema é que você não consegue organizar a sociedade para fazê-la voltar a funcionar.
O que acontece?
Há uma dúvida sobre a capacidade de o governo administrar o país. Você não pode ter um presidencialismo sem Presidência. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o impeachment está fora do radar. Portanto, temos que usar a Dilma.
O que ela precisa fazer?
Todo mundo sabe que o sistema de aposentadoria viola as regras da aritmética. É um problema que vai ter que ser enfrentado. Em segundo, as vinculações são absurdas, incompreensíveis. Vinculação é estar num avião, ligar o piloto automático e esperar acabar a gasolina. Também não se pode manter tudo indexado ao salário mínimo. O quarto ponto é: nenhum empresa hoje sabe qual o seu passivo trabalhista. Porque a Justiça do Trabalho parte da hipótese de que todo trabalhador é hipossuficiente e todo empresário é ladrão.
(...)
Como a economia pode voltar a funcionar?
Existe um equilíbrio entre o que você tem que investir e o que você tem que consumir. O Brasil não é especial. A ideia de que o Brasil é um teratológico (teratologia é o estudo das deformações orgânicas) é mentira. Teratológico é o seu governo.
A presidente não está cumprindo o papel dela?
Ela tem que assumir a responsabilidade.
Falta traquejo político para ela?
Não. O primeiro ano da Dilma, em 2011, foi perfeito. Em 2012, a coisa começou a desandar, quando ela começou a pôr mão na energia elétrica, nos juros. Em 2014, houve um destempero fiscal muito grande porque já havia uma recessão e não houve disposição de cortar a despesa por causa da eleição.
(...)
A Lava-Jato está atrapalhando a economia?
Acho isso uma tolice. Ainda que tenha prejudicado alguma coisa agora, daqui cinco anos a Lava-Jato garante mais 1% ou 2% de crescimento por ano porque mostra que as instituições estão muito mais sólidas.