"Brasil e Turquia no Irã: será esse o futuro ?" E FHC entrega o ouro aos bandidos
O Farol de Alexandria, na pág. 14 do Globo de ontem (clique aqui para ler), entrega o ouro aos bandidos e fala mal da diplomacia brasileira no Irã.
É um exercício patético de cortar os pulsos.
O mais dramático é como o Farol de Alexandria explica a decisão subserviente de assinar o Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares: “Seguindo esta mesma linha ...”
Qual linha ?
A adaptação do Brasil (dele e do Serra) ao fim da Guerra Fria – e portanto, à hegemonia americana irrestrita.
Enquanto isso, a edição internacional da Newsweek coloca na capa a foto de Lula com os líderes do Irã e da Turquia e a bandeira do Brasil em primeiro plano (*).
A manchete da capa: “É este o futuro ? - O poder americano e seus limites.”
O autor do artigo é o indiano Fareed Zakaria, editor da Newsweek Internacional, colunista do Washington Post e âncora de um programa semanal de debates na CNN.
Sabe o que o Zakaria diz, amigo navegante ? (Clique aqui para ler)
Que países como o Brasil, Turquia e China se tornaram potências econômicas nas duas ultimas décadas.
Eles venceram a crise econômica recente muito melhor do que os países ricos.
Eles são politicamente estáveis, ricos e cada vez mais confiam no papel que têm que desempenhar na cena mundial.
Se Obama tentar jogar duro contra eles por causa do Irã será “tolo e perigoso”.
O Farol já está onde merece: é uma nota de pé de página.
Ele está para o Lula como Dutra para Vargas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em entrevista famosa à revista “Bangla-Desh”, FHC diz que o Sete de Setembro “é uma palhaçada”.