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O sublime Maradona

O sublime Maradona homenageou a arte do futebol. E o Galvão Bueno se debatia com a inútil informação sobre um treino de Fórmula 1.
publicado 12/06/2010
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No fim do primeiro tempo, Maradona, em pé no cercadinho dos técnicos, e a bola lhe cai aos pés num lateral para a Nigéria.

De sapato, claro, Maradona, com o pé esquerdo, levanta a bola na altura do peito do jogador da Argentina que ia cobrar o lateral. Parecia tão difícil quanto abrir um guardanapo e mais nada.

Fez isso duas vezes com naturalidade e elegância, como se o pé esquerdo e o sapato sempre estivessem ali, sob a bola, à espera do jogador adversário.

O Galvão Bueno se debatia com a inútil informação sobre um próximo treino de Fórmula 1.

Por causa da Globo, o Brasil é o país do mundo que mais tempo dedica à Fórmula 1.

O Galvão e o naipe de inúteis comentaristas da Globo não perceberam aqueles suaves, elegantes e preciosos momentos em que o sublime Maradona homenageou a arte do futebol.

O Conversa Afiada se rende a um time que tem Verón, Messi, Tevez e o sublime Maradona, grandioso como um imperador asteca, diria o Nelson Rodrigues.

Paulo Henrique Amorim