Kátia e produtora do iornal nacional tentam criminalizar o MST. De novo
O Conversa Afiada recebeu este e-mail de Igor Felippe Santos, da Assessoria de Comunicação do MST:
Caros amigos,
Recorremos nesse momento a vocês, porque vocês sabem como acontecem as coisas na Globo.
Vejam como usar nas páginas de vocês da melhor forma possível.
Em torno das 18h30, ligou uma produtora da TV Globo para o nosso escritório de Brasília, dizendo que a Kátia Abreu, da CNA, tinha entregado ao Ministério da Justiça um DVD com vídeos e fotos de suposta tortura praticada por militantes do MST.
De cara, a nossa assessora em Brasília pediu as tais imagens. Como comentar imagens sem vê-las? De início, eles se negaram.
Eu liguei para a tal produtora e pedi para que me explicasse se era isso mesmo: o Jornal Nacional ia colocar no ar um vídeo de supostas imagens contra o MST que não tinham nenhuma credibilidade se não uma entidade de classe, a CNA? Tem algum sentido o MST dizer que é o vídeo é falso, depois de 10 segundos das imagens de tortura?
Depois de insistir, resolveram nos mandar o vídeo.
Logo depois, ligou uma repórter - a produtora que estava em contato saiu de circulação. A repórter queria uma posição do MST. Respondemos que a posição do MST era a seguinte: passar imagens sem ter a confirmação da autenticidade era uma irresponsabilidade?
Aí a repórter disse que não iam mais passar as imagens. Que de fato não tinham a confirmação da autenticidade. Depois de um pouco de conversa, ela disse o seguinte: que eu poderia ficar tranqüilo, que as imagens estavam com baixa qualidade (ou seja, foi falta de comprovação de autenticidade ou qualidade?).
Vamos ao vídeo. Vejam em http://www.cna.org.br/email/CNA/MST.zip
Na primeira parte, as denúncias são contra o MLST (podem reparar que dizem MLST). Logo depois, um homem dá um depoimento em frente a uma bandeira que não é do MST (podem reparar com atenção).
Depois, proprietários dão depoimentos sobre destruição. Sem nenhuma prova de que é o MST. Sem nenhum elemento. Apenas a palavra do depoente.
Em seguida, atacam o Incra. Aparece apenas a palavra do proprietário. Não há provas.
Depois, imagem de um caminhão carregando toras de madeira. E nada que prove que é o MST.
Em seguida, a fala do Joao Pedro sobre os inimigos do MST – e qual o problema?
Na parte posterior, pichações. E só.
Aí está toda a história. Denunciem no blog de vocês e, como o Paulo Henrique nos ensinou, com dinamismo
Espero que vocês nos ajudem na luta contra o Jornal Nacional da Globo e pela Reforma Agrária.
Saudações,
Igor
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Igor Felippe Santos
Assessoria de Comunicação do MST
Secretaria Nacional - SP
Em tempo: Ah, e para completar, para não deixar dúvidas: o MST defende e respeita os direitos humanos, não tem entre seus procedimentos tortura e qualquer prática contra a pessoa humana e, nesses 25 anos, quem foram torturados e morreram nesse país foram os trabalhadores rurais sem terra (mais de 1500 de 1984 pra cá). Igor