Estadão assume o Itamaraty da Dilma
Saiu no Estadão, na capa e na pág. A8:
“Itamaraty consulta diplomatas sobre nova política”.
“Ministro Antonio Patriota encaminhou a embaixadores pedido de reavaliação das relações do Brasil com EUA, Irã e regimes autoritários”
O Estadão tem um correspondente em Genebra que possui o dom da ubiquidade.
Ele está no Cairo – perplexo com o vandalismo (clique aqui para ler “PiG é PiG até o Egito”) – e em Genebra, onde costuma dirigir o Itamaraty pelo Estadão.
É uma espécie de “chanceler do cafezal”.
Como se sabe, desde que não conseguiu nomear ministros do governo militar de Castello Branco – porque nem os militares levaram a família Mesquita a sério - , o Itamaraty dirige o SEU Itamaraty.
Nesta reportagem datada do Cairo – cuidado com os vândalos ! -, este “enviado” estabelece que o Itamaraty vai:
1) Sair pelo mundo afora a condenar e tentar mudar regimes autoritários, especialmente a China e a Rússia !
2) Invadir o Irã, como queria o Cerra, na volta da invasão da Bolívia;
3) Tornar-se poodle dos Estados Unidos.
(Na agenda do Itamaraty do Estadão só faltou o item “derrubar Chávez”.)
Seria uma suave revisão da política externa do Governo brasileiro.
Sem dúvida.
Suave.
O que este ansioso blogueiro gostaria de saber é se a presidenta Dilma concorda com o “enviado” do Estadão.
Ou se o Patriota ousou “rever” a política externa da presidenta Dilma através do “enviado” do Estadão e em consulta com os embaixadores que passam pseudo-informação ao “enviado”.
Sem que a presidenta saiba.
Interessante.
O Estadão deve imaginar que o Celso Amorim passou oito anos no Itamaraty a fazer o que lhe dava na telha.
Interessante.
Paulo Henrique Amorim