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Murdoch, rei do PiG, marreta circulação do jornal. É o jornalismo declaratório

Saiu no Globo: Diretor ligado a Murdoch cai por escândalo no 'Wall Street Journal'.
publicado 13/10/2011
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Saiu no Globo:

Diretor ligado a Murdoch cai por escândalo no 'Wall Street Journal'


LONDRES - Andrew Langhoff, um dos principais executivos europeus do grupo News Corp., do empresário de mídia Rupert Murdoch, pediu demissão na quarta-feira. A decisão ocorre após uma série de reportagens do jornal britânico "The Guardian", que revela um esquema fraudulento para elevar o volume de circulação do principal jornal do grupo, o "Wall Street Journal".

E no inglês Guardian, que denunciou o escândalo no império Murdoch, desde os grampos do News of  the World:

Wall Street Journal circulation scam claims senior Murdoch executive


Andrew Langhoff resigns as European publishing chief after exposure of secret channels of cash to help boost sales figures

Navalha

Um diretor do Murdoch na Europa fazia a seguinte trapaça.

Oferecia "matérias-púlpito" a empresas na Europa.

(Matérias-púlpito são em geral do gênero declaratório - clique aqui para ler aula magna do Caco Barcellos sobre o preconceito de classe do PiG e da Justiça brasileira.)

Em troca, as empresas compravam assinaturas do Wall Street Journal.

A circulação do jornal do Murdoch subia.

Com isso, Murdoch cobrava mais caro pelos anúncios.

E as empresas e seus presidentes ficavam mais famosos (e tinham bônus mais altos ), ao descer do púlpito.

É assim que funciona o PiG (*).

Quer dizer, o Rei do PiG (*).

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.