Globo vai pedir a Ley de Medios. "Fora Globo !"
Amigos navegantes, como o gab, chamaram a atenção para este vídeo em que policiais e bombeiros, numa passeata na Avenida Atlântica, no Rio, expulsam uma equipe da Globo aos gritos de "fora globo ! ".
Provavelmente porque Jacques Wagner, governador da Bahia, usou a Globo para exibir as gravações em que policiais e bombeiros do Rio e da Bahia articulavam um motim de alcance nacional, com a ajuda decisiva de uma deputada do PSOL do Rio:
gab
ta ae.
http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/policiais-expulsam-globo-de-evento-20120212.html
Este ansioso blogueiro observou - na divulgação das gravações pelo jornal nacional - que Jacques Wagner usou a Globo porque não há uma Ley de Medios.
Que aquelas gravações tinham que ser exibidas em rede nacional, pública ou estatal, para alcançar todos os públicos e em diversos horários.
O quase-monopólio da Globo cria essa deformação institucional: o Estado precisa pedir favor ao Ali Kamel, para sufocar um motim.
O Estado não tem um instrumento próprio, porque o Bernardo ainda não acabou de ver o vídeo da safadeza sub-edredônica.
Quem mais vai precisar da Ley de Medios é a própria Globo.
A política editorial do Ali Kamel é parcial, distorcida, editorializada.
Ele que é o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo.
(O ansioso blogueiro conviveu com os outros três.)
Essa política editorial não vai deixar a equipe da Globo sair às ruas, no Brasil inteiro.
O que aconteceu no Rio se repete, sistematicamente, em várias situações, como foi, há pouco, em Pinheirinho.
O Rio, como sempre, dá o bom exemplo.
Quando Roberto Marinho decidiu emparedar Leonel Brizola (e Brizola se elegeu duas vezes governador do Rio), os cariocas criaram o bordão que todo brasileiro sabe de cor: "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo".
O Ali Kamel vai pedir a Ley de Medios ao Bernardo.
Mas, vai esperar ele acabar de ver a fita do Daniel.
Paulo Henrique Amorim