jn poupa Cerra e ataca Dilma
Do depoimento do Pagot – clique aqui para ler “Pagot e Paulo Preto”, uma temeridade, o jornal nacional desta terça-feira extraiu o que acertava no centro do Governo Dilma - e poupou Cerra.
O jornal nacional omitiu a referência ao Paulo Preto, cujo depoimento na CPI do Robert(o) Civita ameaça ser trepidante.
E chamou a atenção para o fato de um tesoureiro do PT procurar Pagot para conseguir dinheiro – legal – com empreiteiros para a campanha de Dilma à Presidência.
As doações foram legais.
Mas, isso não é coisa que se faça, não é isso, amigo navegante ?
Ainda que tenha sido tudo Caixa Um.
Caixa Dois é o tema subjacente ao julgamento o mensalão (por enquanto, o petista).
Não é isso o que está em jogo, aqui.
O que está em jogo é que o jornal nacional não perde o alvo: a Dilma.
Ou melhor, o alvo e, foi e será qualquer presidente trabalhista, no Brasil ou no mundo.
Seja lá o que for, o jornal nacional poupará a cambaleante oposição e subirá a rampa para destituir Dilma.
Não adianta a Presidente construir uma imagem de eficiente gestora de recursos públicos, de reputação inatacável e atender às demandas do eleitor que a consagra em pesquisas de avaliação.
Nada disso importa.
Jango foi deposto no auge da popularidade.
O Gushiken não roubou e foi parar no mensalão.
O Humberto Costa não pecou e foi parar no escândalo dos sangue-sugas.
(E as ambulâncias super-faturadas continuam a rolar em São Paulo.)
Não interessa o que se fez ou não se fez.
O PiG (*) investiga, julga e condena.
Como no Paraguai.
Que não tem Ley de Medios.
Em tempo: se o PIG condenar o Dirceu, no dia seguinte sobe a rampa do Palácio.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.