Dilma enfrenta os bancos mas não enfrenta o PiG
Numa mesa de restaurante no Rio, dois renomados jornalistas italianos, dois igualmente renomados jornalistas brasileiros e um professor de Ciência Política.
Era uma tentativa inútil de explicar aos visitantes como Lula e Dilma ganham eleição mas não tomam o Poder.
Uma comparação com a Itália de Massimo D'Alema, mas o caso brasileiro é mais complexo.
D'Alema está longe de ser a figura carismática e popular do Lula.
E os tucanos de São Paulo – o centro do Golpe – estão longe ter as raízes que Berlusconi deitou na classe média italiana.
A conversa marchava em direção a nada, até que o professor de Ciência Política resolveu ir embora.
E, antes de se levantar, disse:
A Dilma enfrenta os bancos mas não enfrenta o PiG (*).
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.