Os barões do PiG derrubam a porta do Poder
Vamos supor que, de fato, a decisão do Ministro Barroso signifique que os embargos infringentes não serão recebidos - e Dirceu será degolado, ao vivo, no jornal nacional.
Dupla jurisdição ?
Ora, direis ouvir estrelas ...
Vamos supor que o plenário do Supremo decida considerar inválida a decisão do plenário da Câmara que não cassou Donadon.
Que o plenário do Supremo estabeleça - à revelia da Constituição - que quem cassa é a Mesa.
Que, se a Mesa resistir, o Supremo cassa e estamos conversados.
O conjunto dos representantes do POVO da Câmara já não serve para cassar o Genoino.
E para mais nada.
E se a Câmara resistir ?
Hipótese absurda.
O presidente da Câmara foi beijar a mão de um Ministo do Supremo depois de ser por ele humilhado.
Ajoelhou, tem que rezar, Henriquinho.
Tratar-se-á de um magistral Golpe de Estado.
Muito mais sofisticado que o do Supremo americano, que empossou George Bush, o filho, que, como se sabe, perdeu a eleição na Flórida - e, portanto, a eleição para Al Gore.
Toni Scalia é um rábula provinciano perto do nosso Supremo.
Sem falar na Nicarágua, no Paraguai, que tem Supremos rústicos.
Aqui as instituições funcionam com muito mais competência e, ao mesmo tempo, crueza.
Se não dá no voto popular, essa velharia liberalóide ...
O ansioso blogueiro localizou o Imperador Justiniano em Constantinopla, para consultá-lo sobre os inevitáveis desdobramentos da decisão aparentemente heróica, de coloração quixotesca do Ministro Barroso.
Justiniano foi enfático:
"Estou estarrecido.
O poder dos barões bilionários da mídia - o Imperador se recusa a usar a expressão mundialmente consagrada, PiG (*) - PHA - já superou e tomou o Legislativo.
Agora, no julgamento do mensalão (o do PT - PHA), os barões bilionários tomaram o Judiciário.
Com isso, fica mais fácil realizar o sonho de retomar o Executivo.
Para pesadelo do povo brasileiro."
Paulo Henrique Amorim e Justiniano
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.