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Aécio e a incompetência (ou arrogância ?) dos tucanos. O Vesgo tem mais chance que o Serra

publicado 28/05/2010
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Nesses momentos mais difíceis, ligo para o Oráculo de Delfos ou para Tirésias, o profeta.

O Oráculo fazia massagem e não ia perder tempo com o Serra.

Recorri ao Tirésias, profeta mineiro, sempre gentil.

- Como é que se explica que os tucanos de São Paulo ficassem sete meses à espera do Aécio ?

- Você tem certeza de que são sete meses ?, perguntou ele, incréduto. Sete meses, tanto tempo ?

- Sim, de novembro do ano passado a maio.

- É verdade. Sete meses !

- Não é muita incompetência, nobre profeta ?

- Não, meu filho. É mais do que incompetência.

- O que é ?

- É a hubris, a arrogância. Eles se acham melhores que os deuses.

- Por que arrogância ?

- Eles sempre acharam que o Aécio ia implorar para ser vice do Serra.

- Mas, o Aécio sempre disse que não seria segundo do Serra. Que Minas não ia botar azeitona na empada de São Paulo.

- Eles achavam que isso tudo era cena do Aécio, para encarecer o passe.

- Mas, não é ingenuidade dos tucanos de São Paulo ?

- Não, jovem. É arrogância do Serra, do Fernando Henrique.

- Do Fernando Henrique, também ?

- Sim, ele achou que trazia o Aécio para almoçar no apartamento de Higienópolis, com vista para o Pacaembu. Medalhas. Vinho francês ofertado pelo Tasso. Que o Aécia ia se deslumbrar: almoçar no apartamentaço do Príncipe dos Sociologos, o Doutor Honoris Causae, que honra !

- Mas, o Aécio não é bobo.

- Eles acham que fazem todo mundo de bobo. Que o Aécio ia se deslumbrar com a idéia de ser herói das páginas de Opinião do PiG (*).

- É, o PiG (*) espinafra ele.

- Só tem o problema: o Aécio prefere Caras (risos).

- Então, os tucanos acreditam em fantasia, nesse conto de fadas: de que estão acima dos deuses.

- Não só acreditam, como vivem disso, meu filho. É um ganha-pão.

 

Pano rápido.

 

 

Paulo Henrique Amorim

 

(*) uma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.