Obama leva a conta a Israel: voltar às fronteiras de 1967
Saiu na manchete do New York Times:
Obama acredita que as fronteiras de 1967 de Israel sejam o ponto de partida.
Num discurso no Departamento de Estado, Obama fez o que nenhum outro presidente americano jamais tinha feito.
Fixou as fronteiras que Israel tinha em 1967 como o ponto de partida para as negociações com os palestinos.
Obama disse também que o novo Estado Palestino deveria ser desmilitarizado.
"A comunidade internacional está cansada de um interminável processo que jamais produz resultado".
A posição de Obama se aproxima bastante daquela que os palestinos sempre defenderam.
Se voltar às fronteiras de 1967, como quer Obama, Israel terá que devolver as colinas de Golan à Síria e a Cisjordânia aos palestinos.
E destruir os assentamentos que construiu além das fronteiras de 1967.
A reação do Primeiro Ministro israelense Bibi Netanyahu, segundo o NY Times, foi "gélida".
Netanyahu considera que as fronteiras de 1967 são "indefensáveis".
O apoio incondicional a Israel custou caro ao interesse nacional americano.
Defender a causa palestina fez parte da agenda de todo sentimento anti-americano no Oriente Médio e entre islamitas.
Agora que a Ordem Petrolífera Americana começa a se desestruturar no Oriente Médio e Obama matou Osama, cedo ou tarde a conta chegaria para Israel.
Recentemente, palestinos nas quatro fronteiras de Israel tentaram invadir território israelense em protesto contra a criação do Estado de Israel.
A renovação política no Oriente Médio não se sustentaria com a ocupação de Golan e da Cisjordânia por Israel.
Era uma questão de tempo.
Obama deu um último recado ao presidente da Síria, Assad:
"Ou liderar a transição para a democracia ou sair da frente".
Paulo Henrique Amorim