A entrevista vazia do Aécio. Nem o FHC o salva
Saiu no Blog do Nassif
A entrevista vazia de Aécio
Luis Nassif
O PSDB teria adotado a estratégia correta, de definir um nome para as próximas eleições e apostar antecipadamente todas as fichas nele, não fosse um detalhe: o nome escolhido, Aécio Neves, não está pronto.
A entrevista ao Estadão é reveladora. Aécio não é portador de novas ideias, nova visão de país. Seu discurso é oco, um amontoado de clichês sem ideias mais elaboradas. Parece mais um garotão contando prosa do que um candidato a estadista.
Não conseguiu avançar além de nenhum dos clichês de campanha. Fala do legado de FHC, a fantasia das reformas (todo político vazio defende reformas genéricas, sem especificar conteúdo), critica o aparelhamento da máquina.
São declarações frutos de pesquisa de opinião. Só que a pesquisa olha o passado, o bordão que o eleitor conhece e da forma mais simplificada possível. As pesquisas não se baseiam em visões estruturadas de nada. Colhem apenas frases soltas. Cabe ao estudioso recolher as frases soltas e desenhar um todo lógico. Ao Estadista, cabe ir muito além da percepção atual dos eleitores.
Aécio se limita a repetir as frases escolhidas pela pesquisa. Ou seja, não chega sequer ao primeiro estágio, de elaborar um modelo sobre o presente. Menos ainda se mostra capaz de descortinar o futuro.
O Aécio tem a densidade, o peso, a gravitas de um pão de queijo.
No currículo, a recusa em fazer o bafômetro.
A se esclarecer, a reprivatização da CEMIG, depois da obra heróica do Itamar de retomar a Cemig da dupla do barulho Daniel Dantas - Elena Landau.
Sobre o Cerra, cabe o que Pedro Malan costuma dizer: o que é bom não é novo, o que é novo não é bom.
Do Aécio, o Cerra pode dizer o mesmo.
Os dois vivem a elogiar o Fernando Henrique e a resgatar sua herança - clique aqui para ler "FHC vendeu o patrimônio e aumentou a divida - um jenio !"
Mas, vamos combinar assim:
O Aécio leva o FHC para o palanque e a Dilma leva o Lula.
O Aécio vai dar uma surra (no Fasano).
Paulo Henrique Amorim