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Lula, Maluf e o Churcho

Jamais menospreze o inglês do interlocutor.
publicado 18/06/2012
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O ansioso blogueiro estava no taxi, preso no trânsito a elogiar a política de transporte público dos tucanos, que há dezoito anos engarrafam São Paulo.

Conversa vai, conversa vem, o Ipad não tinha sinal, e a rádio que troca a notícia, a CBN, disse que o Lula tinha se encontrado com o Maluf para fechar um acordo pelo minuto de tevê que o partido do Maluf tem em São Paulo.

- O Lula fez acordo com o Maluf ?, pergunta o motorista atônito. Com o Maluf ?
- É, parece que sim, disse ansioso blogueiro, assim, como quem não quer se comprometer.
- E a Erundina sabe disso ? Vai ficar uma fera !
- É provável, disse o ansioso blogueiro, também, a tirar o corpo fora.
- Mas, como é que se explica uma coisa dessas ?, continuava ele, indignado. Com o Maluf ! E o engarrafamento, igual.
- Você conhece a história do Churcho ?, perguntou o ansioso blogueiro.
- Churcho ? Que Churcho ?
- Aquele, aquele inglês do charuto. Ele disse assim: se Hitler invadir o Inferno, eu me alio ao Demônio.
- Ah ! O Churchill, o Churchill, disse ele num inglês irretocável.
- É isso mesmo, o Churchill. Para derrotar o Hitler ele faria qualquer coisa. Até se aliar ao Demônio.
- E quem é o Demônio agora? ele perguntou.
- O Cerra !
- Menos, meu querido, menos. Ele não é isso tudo, não.

E o carro começou a andar.

Moral da história 1: nem pra Demônio ele serve.
Moral da história 2: jamais menospreze o inglês do interlocutor.

Em tempo: o jn ignorou o encontro do Lula com o Maluf. O que significa que deve ter sido bom para o Haddad.


Paulo Henrique Amorim