Campos é Dilma em 2014. Agora, só a Golpe
Saiu na Época:
Eduardo Campos: "Estarei com Dilma em 2014"
ÉPOCA – Então, o senhor apoiará a reeleição da presidente Dilma em 2014?
Campos – Não há dúvida, não. Qual é a dúvida? Estamos na s base de sustentação. Não tenho duas posições. Quem defende a presidenta Dilma neste momento deseja cuidar em 2013 do Brasil. Quem pode cuidar do Brasil é Dilma. Nós temos de ajudá-la a ganhar 2013. Ganhando 2013, Dilma ganha 2014. Então a forma de ajudar Dilma é dizer: em 2014 todos nós vamos estar com Dilma. Claro. Por que não vamos estar com Dilma? Nós rompemos com Dilma? Saímos do governo de Dilma? Saímos da base dela? Você conhece algum programa criado pelo PSB constrangendo algum programa, alguma decisão da presidenta Dilma? Não existe nenhum. Agora, entendemos que é a hora de cuidar do Brasil. Temos muitas ameaças e possibilidades pela frente.
Agora, só resta o Golpe à Casa Grande.
Casa Grande, aqui, tem o sentido do Mino Carta.
A Falange que reúne o PiG (*) e seus capatazes, como diz o Mino, os Chinco Campos (**) e os suspeitos de sempre: por exemplo, os economistas de banco que perderam dinheiro com a queda acelerada dos juros.
E perderam o bônus de Natal que recebiam porque eram jenios: sangue-sugas do juro alto.
Depois da eleição para prefeito, quando o partido de Eduardo Campos teve uma expressiva – e localizada – vitória, a Casa Grande e seus capatazes passaram a incensá-lo.
Campos foi candidato contra a Dilma no PiG (*).
Agora, não é mais.
Resta o Aécio ?
Aécio é Never.
Não passa de Juiz de Fora e não resiste a um novo (e Republicano) Procurador Geral da República.
Aécio não tem o PiG (*) nem a grana do Cerra – clique aqui para ler “Alckmin desenterra Cerra – bye-bye Aécio 2014”.
(Aécio também não resiste a um dossiê do Cerra, de manufatura do Marcelo Lunus Itagiba.)
Resta o Golpe.
Ou o Luciano Huck, que, na opinião deste Conversa Afiada, é o melhor quadro da Casa Grande: branco, paulista, “banqueiro” feito à imagem e semelhança do Itaú, e global.
E global !
Porque grana e PiG (*) não faltam à Casa Grande.
Ela sempre terá um candidato.
E 30% dos votos.
Não deixe de ler “Dilma tem a ver com o mensalão, sim !”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ao proferir seu Canto do Cisne e ameaçar o Presidente da Câmara com a cadeia, o decano Celso de Mello citou Chico Campos, o redator da “Polaca”, a Constituição ditatorial de 1937. Em homenagem a ele e a Chico Campos, o Conversa Afiada passa a referir-se aos Cinco Constituintes do Supremo – Celso de Mello, (Collor de) Mello, Fux, Barbosa e Gilmar – como os “Chinco Campos”. E lembra que Rubem Braga, quando passava de bonde pela Praia do Flamengo e via acesa a luz do apartamento do Chico Campos, dizia: “Quando acende a luz do apartamento do Chico Campos há um curto-circuito na Democracia”.