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Cristovam dá o beijo da morte em Eduardo

Cristovam é uma das vozes mais trovejantes contra o Governo Dilma e se mistura à Direita mais sangrenta do Congresso.
publicado 25/03/2013
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Saiu no Brasil Econômico, pág. 5, entrevista do senador pernambucano Cristovam Buarque, do PDT-DF:


“Primeiro, precisamos saber qual é o projeto do Eduardo Campos. Isso ainda não está claro... O Campos é a força mais viável e de esquerda (sic) que a gente pode ter.”

Navalha

Na transição do Governo Fernando Henrique para Lula, Cristovam queria que Lula mantivesse Malan na Fazenda e Armínio Fraga no Banco Central.

Lula mandou-o para o Ministério da Educação e se arrependeu.

O ministro viajava muito.

Tanto que foi demitido por telefone, enquanto estava em Lisboa.

Cristovam foi para a oposição mais feroz a Lula.

A ponto de servir-se de candidato a Presidente da República, em 2002, com a tarefa de levar a eleição para o segundo turno, exatamente a estratégia do Ataulfo Merval de Paiva (*), hoje.

Cristovam é uma das vozes mais trovejantes contra o Governo Dilma e se mistura à Direita mais sangrenta do Congresso.

Ele quer jogar o PDT na Direita, contra a Dilma.

Seria um desdobramento natural na carreira de quem fez por merecer uma colona (**) no jornal O Globo, perto do Ataulfo.

Os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – não cometeriam essa generosidade impunemente.

Agora, ele entra no barco do Eduardo.

Com uma observação muito sensata, aliás: primeiro precisamos saber o que o Eduardo pensa.

Mas, na verdade, não tem importância.

Eduardo, pense o que pensar, já serve.

Como diz o senador Jarbas Vasconcellos, aquele que denunciou a corrupção no PMDB sem dar os nomes, como diz o Jarbas, “Eduardo já é uma dissidência”.

Para jogar a eleição no segundo turno e entregar o destino do país a uma bolinha de papel e a uma edição de 18' no jornal nacional.

Pauzinho do Dantas, Bornhausen, Cerra (Eduardo seria um “bom candidato”), Roberto Jefferson, o Herói da Pátria, e agora Cristovam.

Esse é o candidato da Esquerda …

 



Em tempo: nesta segunda-feira, Dilma se encontrou com Eduardo para inaugurar obras em Serra Talhada. E cancelou o almoço que teria com ele em Recife.


Paulo Henrique Amorim


(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.