Alckmin foi o único a apoiar Haddad
- Prefeito, o que o senhor fizer, eu acompanho. Sua encrenca é maior do que a minha.
Essa foi a frase com que o governador do PSDB de São Paulo, Geraldo Alckmin, recebeu o prefeito do PT, Fernando Haddad, no Palácio do Governador.
Haddad tinha decidido reduzir a tarifa depois de duas notícias decisivas.
Primeiro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, telefonou para dizer que ia recuar.
Depois, o Ministro Mantega deu uma entrevista para dizer que não haveria mais desonerações.
Não haveria mais como insistir em manter os R$3,20.
Ele, sim, recebeu pressão da direção do PT – clique aqui para ler “Rui Falcão – o PT vai às ruas”.
Desde o início do processo, ele recebia emanações do Palácio do Planalto para ceder.
O Governo Dilma em toda a sua extensão parecia sentir os efeitos das pesquisas de opinião.
Nem Lula o pressionou para ceder, ontem.
Haddad e sua equipe sentiam que Lula parecia inclinado a esperar, como combinado entre Haddad e os jovens do MPL, até sexta-feira.
Mas, ontem, Paes e Mantega o convenceram de que estava praticamente só.
Mesmo que o “conselho” político dele se mantivesse a seu lado, com uma exceção.
Mantega tirou o tapete.
E Paes pulou fora.
Só um governador tucano pareceu entender que ceder era um risco político limitado a dois.
Todos quiseram ser “democráticos” com o pescoço deles – de Alckmin e Haddad.
Paulo Henrique Amorim