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Crise mesmo é a do PSDB

O Itaú é a linha reta que vai do PSDB à Bláblárina e à Globo.
publicado 01/07/2013
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O PiG celebra a queda da popularidade da Dilma – a única obra concreta da doença infantil do transportismo.

Sim, porque os R$ 0,20 vão sair de algum lugar – provavelmente do bolso dos pobres; crime “hediondo” não coibirá a corrupção; e o plebiscito será um tabuleiro de baiana – vai ter de tudo.

De certo, mesmo, só o Golpe mediático.

Espera-se que outras correntes de opinião e de pautas diversas, mais substantivas, saiam às ruas para expor sua reivindicações – como sugere o Dirceu (clique aqui para ler “Lula seria eleito no primeiro turno) e quer fazer a CUT.

Agora virou moda político elogiar a manifestação popular: “o Brasil ficou mais forte”; “a única chatice são os vândalos”...

Em matéria de manifestação popular, este ansioso blogueiro prefere greve e eleição.

O  Brasil viveu seu Maio de 1968.

A Big House ficou mais forte – só isso.

Lá, o De Gaulle.

Aqui, o William Bonner.

(“Le Brésil n'est pas um pays sérieux.”)

A Big House ficou mais forte, mas o PSDB, que foi, historicamente, a barriga de aluguel da Big House, não ficou mais forte.

No meio da mais séria crise aplicada a um governante trabalhista, do maior cerco reacionário deste país nos últimos 20 anos – como diz o professor Wanderley Guilherme – o PSDB mostrou sua  irrelevância.

Não nas pesquisas, porque essas, como se sabe, são de legitimidade duvidosa nesta Democracia Pigal.

Irrelevante no combate das ideias.

Na disputa no mercado da opinião.

A Dilma tem passado, tem lastro – os governos Lulilma.

O PSDB não tem o que declarar.

Seu candidato, o Aécio Never, se sai pior nas declarações do que no Datafalha.

O que o PSDB no Governo faria de diferente ?

Sim, porque quem vai governar o Brasil a partir de 2014 – se a Globo não derrubar a Dilma antes, diante da audácia de cobrar o Imposto de Renda - será alguém eleito por um partido.

O que o Partido do Fernando Henrique tem a oferecer ?

Ofereceu, no auge da crise ?

Um partido que acabou de sair de uma convenção nacional ?

Quem mandou o Aécio ser o papagaio de pirata do Farol de Alexandria ?

Pelo menos essa esperteza o Cerra e o Alckmin tiveram e esconderam o colega do Ataulfo Merval (*).

Caberá ao PSDB ser a barriga de aluguel, de novo.

Agora, da Bláblárina ou do Joaquim Barbosa.

Dar o vice.

O horário na tevê.

Emprestar o PiG (**) e o Itaú.

Porque o Itaú é a linha reta que vai da Bláblárina ao PSDB.

Que vai da Bláblárina, ao PSDB e à Globo !

A única contribuição ao debate político que o PSDB pode oferecer, neste momento, é o elogio que Fernando Henrique fará na Academia a seu antecessor, João de Scantimburgo, um medíocre do tamanho do Ataulfo Merval de Paiva.

Foi nisso que deu a social-democracia paulista.

Que, não fosse o PiG (**), não passava de Resende.


Paulo Henrique Amorim



(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse . Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.