STF não julga Azeredo. O crime perfeito
Não há como o STF julgar quem não pode julgar.
O cidadão Eduardo Azeredo não tem privilégio de foro.
Como se sabe, por sugestão do presidente Barbosa, o mensalão tucano, que precede o do PT, foi desmembrado.
Logo, o privilégio de foro que beneficia o senador Clésio Andrade não puxa o cidadão Eduardo Azeredo para o Supremo.
Se o Supremo quiser julgar o Azeredo, tem que imolar-se, fazer harakiri.
O crime tucano é perfeito.
Azeredo será inocentado na Justiça de Minas, que anda tão rápido quanto a apuração do Trensalão no Ministério Público.
O cidadão Eduardo Azeredo está tão livre quanto o Padim Pade Cerra e sua clã, incursos na Privataria Tucana.
Assim como o cidadão Azeredo está tão livre quanto o cidadão Fernando Henrique Cardoso, que comprou uma reeleição.
O cidadão Azeredo tem 66 anos.
Com 70 anos, ele terá a liberdade dos sabiás de Inhotim.
Os tucanos são impunes.
Os tucanos deram uma banana para o Supremo.
Em tempo: o crime só não é tão perfeito quanto a compra da reeleição, porque Eduardo Azeredo acabou de desmoralizar irremediavelmente o julgamento de exceção, aquele que mantém o Zé Dirceu em regime fechado e José Genoino longe de sua casa, em São Paulo. Para completar o escárnio desmoralizante, aguarda-se para breve o ingresso do presidente Barbosa num partido da oposição.
Em tempo2: como se faltasse o que desmoralizar, o inatacável Ministro Fux não relata o Recurso Extraordinário número 680967, que legitimará a Satiagraha.
Em tempo3: Daniel Dantas deve sentir cólicas de tanto rir.
Paulo Henrique Amorim