zé da Justiça não economiza subserviência !
O Conversa Afiada reproduz artigo de Breno Altman, extraído do Opera Mundi:
Ministro da Justiça não economiza subserviência
O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, deu entrevista à TV Veja.
Pouco importa o conteúdo do que disse, pois relevante é a simbologia do fato.
Como é possível, a essa altura do campeonato, sem ferir a credibilidade do PT e do governo, um de seus principais integrantes ser cordial e afável com a revista que trata Dilma, Lula e outros dirigentes petistas como bandidos?
Como é possível a presidente decidir cancelar qualquer publicidade em Veja por seu caráter golpista, mas Cardozo conceder uma longa e sorridente entrevista?
Como é possível que o ministro se cale diante das arbitrariedades cometidas por setores da Polícia Federal para incriminar o seu partido, mas resolva prestigiar o veículo que mais convoca o atropelo da ordem constitucional?
Como é possível que a presidente convoque seus ministros para a batalha da comunicação e a atitude de Cardozo seja correr para os braços de uma revista criminosa?
Como é possível acreditar em qualquer compromisso do governo com a regulamentação dos meios de comunicação se o ministro da Justiça não perde a chance de se curvar diante dos monopólios?
Como é possível que Cardozo, cotado para o STF, vá apresentar credenciais para quem faz da pressão midiática sobre a corte seu instrumento de guerra contra a democracia e os direitos constitucionais?
Como é possível Cardozo ainda ser ministro da Justiça, se a única coisa que faz é cuidar de salvar a própria pele, bajulando os setores mais reacionários do país?
São perguntas que não podem calar.
Não esquecer da entrevista que o Bernardo Plim-Plim deu à Veja para espinafrar o Franklin Martins, a Ley de Medios e o PT.
E ficou até o fim do primeiro mandato ...
E o processo que a Dilma disse que ia mover contra a Veja, na ante-vespera da eleição do segundo turno ?
A AGU se esqueceu ?
A Dilma vai bernardizar o Berzoini ?
Paulo Henrique Amorim
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