Dilma: apesar da cultura do Golpe, ele não acontecerá
A Presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta quarta-feira (12), que não enxerga a possibilidade de Golpe no Brasil, em referência a um possível impedimento do seu mandato. No entanto, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, para o Jornal do SBT, a petista admitiu que “a cultura do Golpe” ainda existe no país.
“Temos de ser capazes de conviver com as diferenças, com as posições que não são aquelas que você deseja e com situações difíceis. Nós não somos mais uma democracia infantilizada. Portanto, manifestações são coisas normais numa democracia. Democracia exige respeito à instituição. Esse respeito é fundamental, não para mim, para todos os presidentes que virão depois de mim", disse Dilma ao jornalista.
Para continuar: "No passado até a nossa redemocratização, sistematicamente houve tentativas de golpe. Esse passado não se coaduna com a nossa democracia moderna. Acho que a cultura do Golpe existe ainda, mas não acho que tenha condições materiais de isso ocorrer".
Na conversa, a Presidenta ainda confirmou que uma rebelião no Congresso Nacional não deve acontecer. “Não acredito que as pautas-bombas vão proliferar no Congresso”.
Leia outros trechos da entrevista:
Relação com o Congresso:
O Congresso que eu tive nos últimos anos não foi ruim.
No que já ocorreu, ninguém teve até a mim os vetos avaliados. FHC governou com medida provisória sem o menor problema.
Dos mais de 3 mil vetos, eu só tive um derrubado.
Passamos o marco regulatório dos Portos, por exemplo.
Essa rebelião tende a ser vista com uma certa diferença.
Não acredito que as pautas-bombas vão proliferar no Congresso.
Economia:
Acho que as agências de risco mostraram um empenho na governabilidade da política.
Nós temos um roteiro de saída da crise.
Com a recuperação das exportações começamos a melhorar. Isso no fim deste ano e em 2016.
O humor na política decorre do humor na economia
O que não é possível é que a política comprometa a recuperação econômica.
Não podemos aceitar a teoria do quanto pior melhor. O pior acaba afetando a população.
O Brasil era um, hoje o Brasil é outro.
Durante a campanha eleitoral houve uma série de mudanças no cenário econômico do Brasil e do mundo que ninguém esperava
Lava-Jato:
Como Presidenta da República, não posso julgar.
Agora, posso defender a independência do Ministério Público e a autonomia da Polícia Federal.
De qualquer maneira, eu defendo o direito de defesa.
Sou a favor que se puna todos os crimes previstos na lei.
Agenda Brasil
Essa agenda tem muita coisa boa e várias coisas que o Governo não concorda.
Assista a entrevista no link: http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/55071/Exclusivo:-Kennedy-Alencar-entrevista-Dilma-Rousseff.html
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